Está ficando difícil Saulo ficar no Paraná

Depois do ?desmanche? do time, o Paraná Clube pode perder também o comando técnico.

Saulo de Freitas está longe do acerto para a renovação de seu contrato por mais uma temporada. Em meio a propostas e contra-propostas, clube e treinador mostram divergências em questões importantes, como a montagem do novo elenco. Saulo não esconde a preocupação com a política recessiva adotada para o início do ano.

Sem perspectivas de bons faturamentos ao longo do Campeonato Paranaense, o Tricolor vai dar espaço para jogadores revelados nas categorias de base. A programação prevê a contratação de apenas quatro reforços: um zagueiro, dois meias e um atacante. Pouco para quem já deixou escapar cinco titulares (Valentim, Marquinhos, Fernandinho, Caio e Renaldo) e ainda corre o risco de perder outros quatro (Flávio, Cristiano Ávalos, Ageu e Pierre).

O vice de futebol José Domingos Borges Teixeira disse ontem que o primeiro contato com Saulo de Freitas foi pouco animador. ?O que ele pediu está fora dos nossos limites, principalmente para alguém que conhece a realidade do clube?, afirmou. O dirigente confirmou que a proposta do clube – que não deve ser alterada – prevê um pequeno reajuste salarial, mas com gratificações por objetivos (como classificação para a Copa do Brasil e por uma boa colocação no Brasileiro).

?Fizemos uma oferta sólida, com a segurança de um contrato com duração de um ano. Mas, repito, chegamos ao nosso limite?, disparou José Domingos. Saulo de Freitas confirmou que os valores estão muito aquém daquilo que ele esperava e deu a entender que se o clube não melhorar sua proposta, dificilmente aceitará a renovação. O treinador ainda estuda outras duas ofertas, uma da Coréia do Sul – que já levou Valentim, Caio e Renaldo – e outra do futebol baiano, mas sem revelar o clube.

?Estamos conversando. É normal que as coisas não aconteçam da noite pro dia. Estou aguardando a contra-proposta?, disse. Saulo mostrou preocupação com a ?debandada geral?, pois sabe que não é fácil formar um novo time, partindo praticamente do zero. No último Brasileirão, o Paraná usou uma estratégia similar, contratando muitos jogadores após o fracasso no estadual.

Houve critério – mas também boa dose de sorte – na ?garimpagem? e poucos deslizes ocorreram. A rigor, somente Milton, Sandro Blum e Fábio Braz não ?emplacaram?. Saulo, desde que chegue a um acordo com o Paraná, pretende que o grupo seja montado o quanto antes, não visando apenas o Paranaense, mas também o Brasileiro. ?É importante que refaçamos uma base sólida, pois é um risco muito grande querer montar um novo time pouco antes do Nacional, que será ainda mais difícil que o deste ano?, avisou Saulo.

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