Esqueçam os cartolas. Astros do Atletiba estão dentro de campo

Vai ser mais uma tarde daquelas. Apesar de esvaziado pelas desastradas declarações dos presidentes e da confusão envolvendo a transmissão pela TV, Coritiba e Atlético se enfrentam hoje, às 16h, no Couto Pereira – e isso é sinônimo de emoção à flor da pele, no mínimo. Pode ser no dia errado, em uma hora imprópria, e na metade de uma competição atrapalhada. Mas é Atletiba, o de número 315 na história. E isso vale muito.

E por isso Curitiba de novo se anima para ver a partida entre as duas maiores torcidas do Estado, o primeiro confronto dos rivais em 2003. E é por isso que todos os jogadores de Coritiba e de Atlético sentem aquele frio na barriga, uma emoção peculiar. “Já avisei os companheiros que o Atletiba é diferente de todos os outros clássicos do Brasil”, comenta o volante coxa Roberto Brum.

Por sinal, do lado alviverde está o maior número de estreantes da tarde: o zagueiro Fabrício, o lateral-direito Ceará e o atacante Edu Sales. No Rubro-negro, o goleiro Diego debutaria no confronto, mas ele não joga. Se considerarmos apenas o time principal, o goleiro Cléber e lateral-esquerdo Jean (destaque da seleção brasileira sub-20) são estreantes em Atletibas.

Eles vão jogar um clássico diferente, que acabou sofrendo pelas circunstâncias. O principal problema se arrastou pela semana, e complicou a vida de todos os envolvidos no Atletiba, em especial os torcedores. A partida teve sua data alterada três vezes em apenas cinco dias – previamente marcada para domingo, foi antecipada para sábado, remarcada para o domingo e finalmente confirmada para esta tarde.

A maior interessada no caso era a Rede Paranaense de Comunicação (RPC), que lutava para transmitir o campeonato paranaense, e para isso tentava um acordo com a Globo Esportes, detentora dos direitos de transmissão da competição. O ?efeito ioiô? inibiu a compra de ingressos antecipados, já que os torcedores não sabiam quando aconteceria o Atletiba – quando imaginavam saber, a data tinha sido mudada.

A segunda polêmica foi a da arbitragem. Como sempre, Coritiba e Atlético se situaram em lados opostos, só que a refrega passou dos limites em entrevistas nas emissoras de rádio. Sorte que foi cancelada (a pedido da diretoria coxa) a luta de boxe que antecederia o Atletiba, sob pretexto que ela “incitaria a violência”. Não faltava mais nada para complicar o mais importante jogo do futebol paranaense.

Preços

Ainda há ingressos à venda para o clássico (a carga total é de 20 mil) no Couto Pereira, no Joaquim Américo e na loja do Cori no Shopping Total. Os preços são os seguintes: arquibancada, R$ 15,00; cadeira inferior, R$ 30,00; cadeira superior, R$ 50,00; menores, mulheres e estudantes, R$ 50,00. Os torcedores do Atlético terão acesso pela entrada da rua Floriano Essenfelder.

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