Espinosa chegou e já começou a trabalhar

O técnico Valdyr Espinosa chegou ao Atlético e arregaçou as mangas. Ontem mesmo, após ter sido apresentado pela manhã, ele já foi ao campo 2 do CT do Caju para iniciar o seu trabalho na preparação para o Campeonato Brasileiro.

A primeira etapa do projeto do bicampeonato é avaliar os jogadores que deverão continuar no elenco para a competição. Alguns deverão ser liberados e outros pedidos para a disputa. “O tempo é curto e a resposta terá que ser encontrada, mas hoje eu não tenho essa resposta. Conheço esses jogadores por ter enfrentado ou por ter visto jogar e alguns ainda são desconhecidos, mas rapidamente eu vou ter que encontrar essa resposta”, analisou. Além de ter que resolver quem fica e quem sai, Espinosa terá que remotivar o grupo de jogadores que não vinham mostrando o mesmo desempenho do Brasileirão do ano passado.

“Ninguém desaprende de jogar, ninguém desaprende o caminho da vitória. Difícil é chegar, mas mais difícil ainda é permanecer”, filosofou. De acordo com ele, os jogadores serão questionados e terão que responder o que aconteceu para a queda de produção. Para tanto, Espinosa já prometeu respeitar a característica do Furacão jogar. “O Atlético é uma equipe vibrante, de marcação forte, de velocidade, técnica e é isso que o torcedor se acostumou a ver”, apontou. Conforme ele, não há como mudar o modo de jogar do time. “Quem quiser mudar esse tipo de filosofia não vai dar certo, até porque as características desses jogadores levam para esse caminho”, destacou.

No domingo, no entanto, o técnico ainda não vai estar à beira do gramado. O comando no amistoso contra o Joinville (às 15h30 no Estádio Ernesto Schlemm Sobrinho) ficará com os auxiliares Vinícius Eutrópio e Nílson Borges. Espinosa acompanhará das arquibancadas para sentir o desempenho dos jogadores. “Cheguei nesta quinta-feira (ontem) e já programei um coletivo para observar e no jogo vou ficar de fora. Nos próximos dois jogos, tendo uma idéia melhor, eu já posso trabalhar”, apontou.

Quanto ao esquema, no entanto, não há nada definido. Ele não quis adiantar se vai manter o esquema 3-5-2. “Até pode, mas eu acho que o importante é que a equipe tenha um esquema e dentro desse esquema ele tenha a variação”, finalizou.

Solivan assume

Sai a “serra elétrica” de Riva Carli e Eudes Pedro e entra o “durão” Solivan Dalla Valle. Ou seja, os jogadores continuarão tendo que suar muito a camisa para manterem o mesmo condicionamento físico vitorioso que tem marcado o Atlético nos últimos tempos. O novo preparador (vindo do Paraná Clube) já foi apresentado ao grupo.

“A gente procura trabalhar de uma forma que o atleta evolua. Existe alguns pontos que a gente tem que tomar e vocês vêm como fama de durão, mas eu não vejo por esse lado. Quando você trabalha com o ser humano você tem que ter diálogo. Esse é um ponto principal”, explica.

Adriano acerta e vai ficar

O meia Adriano renovou ontem seu contrato com o Atlético por mais seis meses. Após uma novela que envolvia um salário fora do padrão do clube, o desejo do Olympique em negociar o passe do atleta e a vontade de sair, o jogador entrou em acordo com a direção e fica para tentar a conquista do bicampeonato.

“Acabou a novela”, revelou Gabiru aos amigos em sua volta ao CT do Caju. Ontem mesmo, Luís Taveira (procurador do atleta) tinha pedido ao diretor-superintendente, Alberto Maculan, que deixasse o meia mantendo a forma no Umbará. Melhor do que isso, Taveira veio a Curitiba e acertou a permanência do jogador por mais seis meses.

“Eu fico feliz e agora é procurar ter tranqüilidade e trabalhar. Eu já conheço os companheiros, está vindo um novo treinador, mas a gente vai dar o máximo para fazer um bom campeonato e buscar mais um título”, comemorou Adriano. Segundo ele, foi um bom acerto para as duas partes. “Com certeza. Foi tudo beleza e está tudo tranqüilo”, vibrou.

Depois de Adriano, a direção vai em busca de Sousa, que encerrou ontem seu contrato com o São Paulo. Apesar de o meia estar pedindo cerca de R$ 65 mil mensais, os dirigentes vão oferecer algo próximo para que o jogador volte a vestir a camisa rubro-negra. Foi no Furacão que o meia voltou a brilhar e a chamar a atenção no cenário brasileiro.

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