Equipe passa a noite comemorando o penta

A seleção brasileira quase não dormiu após a conquista do pentacampeonato. Tomados pela euforia, jogadores e comissão técnica comemoraram o título até a manhã de ontem no Japão. Depois que voltaram do estádio de Yokohama para o hotel Prince, onde estavam concentrados, a maior parte dos jogadores foi para uma churrascaria brasileira em Tóquio. Os últimos a voltar chegaram ao hotel por volta das 8 da manhã. Mesmo os que que preferiram ficar no hotel – os goleiros, os zagueiros e Ricardinho, não foram dormir.

Yokohama, Japão (AE) – O goleiro Marcos, por exemplo, ficou no saguão do até quase o amanhecer conversando com os poucos torcedores que restavam no local. Poucos porque durante a madrugada a polícia retirou quase todos os que estavam por lá, convencendo-os a ir embora dizendo que não tinham mais o que fazer ali, pois os jogadores estavam dormindo. Eles acreditaram, mas nem imaginavam que dormir ainda não era a prioridade dos jogadores.

Até o sisudo goleiro reserva Dida arriscou dar uma passada na festa de jornalistas numa das áreas do hotel. O técnico Scolari passou quase toda a madrugada ao telefone, conversando com a família e recebendo cumprimentos de amigos, vários deles jogadores com quem trabalhou em clubes. Um deles foi o colombiano Faustino Asprilla.

Mesmo dormindo quase nada, Felipão foi um dos primeiros a acordar. Pouco depois das dez da manhã já estava no saguão acompanhado do fiel escudeiro Flávio Murtosa para uma rápida saída. Outro que levantou cedo foi o zagueiro Edmílson, que saiu sozinho para fazer compras. Para chegar ao carro que o levaria para o passeio, Edmílson teve antes que enfrentar o batalhão de implacáveis fãs.

Na volta, horas depois, a cena se repetiu só que desta vez a dificuldade foi para entrar no elevador. Nada comparado ao que sofreu o astro Ronaldo, que quase foi espremido pela multidão quando voltou para o hotel no meio da tarde. Nem os policiais conseguiam fazer com que cruzasse os poucos metros da porta até o elevador.

Com acesso livre às dependências do gigantesco hotel, os torcedores corriam em bandos de um lado para o outro ao aviso de que um dos jogadores estava circulando.

Apesar da polícia impedir o acesso deles aos locais de passagem da delegação, muitos conseguiam burlar o esquema de segurança e chegar perto dos poucos ídolos que se arriscaram a dar as caras. No fim da tarde, quando Felipão foi ao quinto andar para dar a sua última entrevista no Japão – já com a mala de viagem -, o assédio dos torcedores chegou a irritar o treinador.

Mesmo assim, distribuiu alguns autógrafos, ainda que reclamando muito do comportamento dos jovens japoneses que o abordavam.

Ao menos para a saída, os policiais conseguiram organizar um esquema para que a delegação não fosse importunada. Uma equipe de funcionários do hotel se perfilou para saudar os ilustres hóspedes que certamente marcarão a história do local. O ônibus que leva os jogadores para o aeroporto sai e as coisas lentamente voltam à normalidade com os torcedores indo embora. Yokohama agora faz parte da história do futebol brasileiro.

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