A Minardi é considerada por muita gente a equipe mais simpática da F-1. Isso porque luta bravamente, desde sua fundação em 1985, única e exclusivamente para sobreviver. Seus números são risíveis: 296 GPs, nenhuma vitória, nenhuma pole, nenhum pódio, quartas colocações como melhores resultados e meros 30 pontos somados em pouco mais de 18 anos de vida.
Mesmo assim, o time continua existindo com alguma dignidade. Há algumas semanas, seu proprietário desde 2001, o empresário australiano Paul Stoddart, comprou uma briga política com as equipes grandes por causa de dinheiro. A disposição quixotesca de Stoddart deu resultado: Bernie Ecclestone, o chefão da F-1, injetou no time US$ 6 milhões em troca de 46% de suas ações.
Nestes 18 anos de vida, a Minardi usou oito motores diferentes e teve 31 pilotos. Seu maior nome foi Pierluigi Martini, com 124 GPs disputados pelo time que tem sua sede em Faenza, perto de Imola, na Itália. O fundador, Giancarlo Minardi, tem revendas de caminhões na região e, embora tenha vendido a equipe para Stoddart, vai a todas corridas uniformizado.
Martini foi o responsável pela única primeira fila da história minardista. No GP dos EUA de1990, que abria aquela temporada em Phoenix, ficou em segundo no grid, que teve Gerhard Berger, da McLaren, na pole. Martini fez seu tempo na sexta-feira e boa parte dele se deve aos bons pneus Pirelli da época. No sábado choveu. Ele não terminou a corrida.
Apesar da penúria crônica, a Minardi pode se orgulhar de já ter dado chances a bons pilotos em sua história. Pelo time passaram Giancarlo Fisichella, Jarno Trulli, Mark Webber e Fernando Alonso, apenas para citar os que ainda disputam o Mundial.