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Enquanto Furacão revela craques, Tricolor e Coxa patinam

Em momentos diferentes nas Séries A e B do Campeonato Brasileiro, Atlético, Coritiba e Paraná Clube também ocupam patamares bem diferentes nas suas categorias de base. Enquanto o Furacão é o grande revelador de jogadores dentro do futebol paranaense, o Coxa, que já ocupou este posto em outras temporadas, está ficando para trás, enquanto no Tricolor, a crise financeira que assola o clube nos últimos anos está interferindo diretamente nos resultados e na revelação de atletas da base paranista.

Especialista em categorias de base no Estado, o colunista da Tribuna, Jorge Luiz da Silva, frisou o distanciamento no nível de trabalho realizado na base do trio de ferro da capital. “Resumindo bem a situação de cada clube aqui da capital nas categorias de base, posso falar que o Atlético é fortíssimo, o Coritiba está um pouco atrás e o Paraná Clube está muito distante da dupla Atletiba”, resumiu da Silva.

A disparidade da dupla Atletiba na revelação de jogadores acontece, segundo Jorge Luiz da Silva, pela diferente política adotada entre os clubes. “Há uma incompetência administrativa no Coritiba que não acontece no Atlético. Eu vejo um lado positivo de futurista do Atlético vindo do seu presidente. O Atlético faz um trabalho maravilhoso na base, com o espírito de não gastar na contratação de jogador e formar craques na sua base. É o que eles estão fazendo e este é o caminho”, cravou Jorginho.

O sucesso atleticano pode ser também pela qualidade na contratação dos profissionais que conduzem as categorias de base. “O Atlético aposta em comissões técnicas muito qualificadas. O atual técnico do Sub-18 é o Marcelo Vilhena, que já passou pelo futebol mineiro. Nesse time atleticano há uma safra muito boa que está para subir e que futuramente poderá servir o time principal do Atlético”, emendou.

No Paraná, a situação é um pouco mais delicada, já que a crise financeira que assola o clube nos últimos anos está refletindo também nas categorias de base, que convive, a exemplo do futebol profissional, constantemente com atrasos salariais. “O Paraná perdeu muito com a saída da estrutura da sua categoria de base do Boqueirão para o Ninho da Gralha. Depois disso, não ganhou mais nada e isso já faz seis anos. No Boqueirão a base funcionava como um relógio. Era sabido que haviam as dificuldades financeiras, mas não como agora, que há essa vergonha de não ter pagamento para atletas e funcionários”, frisou Jorge Luiz da Silva.

O colunista ressaltou ainda que a utilização dos jogadores que subiram da base para o time principal só aconteceu por causa da crise financeira que está passando o Paraná Clube. “O Paraná está jogando, mas não está ganhando nada. Está parado, sem chegar a uma final há muito tempo. Poucos jogadores foram formados nesse tempo todo. Agora estão aparecendo alguns pela crise financeira que o Paraná atravessa. Eles estão sendo obrigados a utilizar esses atletas mais jovens”, concluiu o colunista.

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