Engenheiro Beltrão não quer ser chamado de ?cavalo paraguaio?

Oportunista, habilidoso e com faro de gol. Não se trata ainda de nenhum atacante conhecido dos times da capital, ou das principais equipes do futebol paranaense. As qualidades citadas no início são do camisa 10 do Engenheiro Beltrão, Tiaguinho, 18 anos, que na abertura do estadual 2008 já mostrou a que veio. Foram dele três dos quatros gols feitos pelo Engenheiro Beltrão em cima do Paranavaí, campeão paranaense do ano passado.

?Sinceramente, não esperávamos essa goleada. Sabíamos que iríamos incomodar, o resultado é que nos surpreendeu?, disse ontem por telefone Luiz Linhares, que atribui a expressiva vitória da última quarta-feira, em Paranavaí, pela maneira como o Engenheiro Beltrão atuou. ?Foi um time guerreiro que jogou unido, pelo grupo?, afirmou o presidente do clube, que já tem pronto outro discurso para baixar a bola e a empolgação dos jogadores do Tigre. ?Você não nos viu falando em contratações, ou sonhando alto. Temos um longo campeonato. Não podemos agora virar ?cavalo paraguaio?, completou o cartola que dividindo a alegria de ter largado com vitória no campeonato com a preocupação de ?pagar as contas do clube?.

O personagem

Sobre o atacante Tiaguinho, o presidente do Engenheiro Beltrão trata de encher a bola do garoto. ?Ele é muito cabeça, dentro e fora do campo. Humilde, não tem nem telefone celular?, diz Luiz Linhares, que conta um pouco de como o jogador veio parar no time. ?Ele jogava na 2.ª Divisão pelo Goioerê-PR, em 2005, quando foi contratado pelo Galo Maringá, que depois se associou a Adap?, explica o cartola do Engenheiro, que pelo menos tem um alívio financeiro no caso do atacante. Tiaguinho foi emprestado até maio para disputar o estadual pelo Tigre, mas é a equipe de Maringá que paga seus salários. ?Temos um acordo com a Adap, que nos cedeu ainda outros três jogadores -Carlinhos, Índio e Weidson?, completou o presidente do Engenheiro.

Engenheiro Beltrão de olho no Jotinha e Atlético

Para o líder Engenheiro Beltrão, o caçula do interior, enfrentar o
J.Malucelli, o caçula da capital, na 2.ª rodada do estadual não será
tarefa fácil. Mesmo jogando em casa, e tendo na bagabem a goleada
imposta em cima do Paranavaí, em Paranavaí. ?Mais que a nossa vitória,
a derrota – 2 a 1 -do Jotinha para o Real Brasil é que foi uma
surpresa. Agora eles estarão pressionados, precisando de um resultado.
Teremos que ter mais cuidado ainda?, avalia Luiz Linhares, presidente
do Engenheiro Beltrão, que faz projeções para as próximas rodadas.
Depois do Jotinha o Tigre do interior vem para Curitiba, onde pegará o
Atlético, na Baixada.

O time do técnico Claudemir Sturion ainda
está em formação. Alguns novos jogadores, vindos do interior de São
Paulo e do Distrito Federal, estão em teste.

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