Salvador – Um clássico disputado com jogadas rápidas e de boa técnica, que arrancaram suspiros e aplausos das duas torcidas. Assim foi o primeiro Ba-Vi decisivo do campeonato baiano. O empate por 1 a 1 evitou a injustiça de um dos dois times saírem derrotado, pois o futebol apresentado igualou Bahia e Vitória em qualidade. No próximo domingo, o Barradão, mando de campo do Vitória, será o palco da decisão.

Milhares de pessoas lamentaram não ter conseguido entrar no estádio por falta de ingresso. As mais de 50 mil que ultrapassaram os portões da Fonte Nova, entre pagantes e penetras, não tiveram do que se queixar. O governo do Estado ofereceu apenas 11.879 para troca de ingressos por notas fiscais e revoltou a torcida baiana.

A expectativa maior era pelo futebol dos pentacampeões mundiais Vampeta e Edílson, destaques rubro-negros. Mas quem acabou brilhando foi o meia Galeano, ex-Palmeiras, autor de um belo gol, ao abrir o placar no primeiro tempo.

O técnico do Bahia, Vadão, surpreendeu com a escalação de mais um zagueiro, Alisson, que sequer vinha sendo cotado para banco de reservas. Tudo para deter a rapidez do toque de bola do Vitória, que tem melhor campanha e joga por dois resultados iguais.

Os primeiros minutos, como convém a um Ba-Vi de muita emoção, foram para balancear o ímpeto dos atacantes. Os zagueiros chegaram junto e mostraram quem mandava em suas respectivas áreas.

O Bahia precisava fazer o resultado, pois tem um retrospecto negativo no Barradão. E começou a se largar mais em busca do placar. Não foi uma tática correta. Começou a levar muitos contra-ataques e precisou fazer algumas faltas perigosas na entrada da área.

Mas aos 36 minutos, uma cobrança de falta de Neném chegou a Valdomiro, que ajeitou para Galeano virar de meia-bicicleta e marcar um golaço.

No segundo tempo, a alegria do Bahia foi interrompida pelo gol de empate, marcado por Obina, de perna esquerda, logo aos 3 minutos. Obina incomodou outras vezes, mas teve no goleiro Márcio um muro. Nos minutos finais, sentindo que o resultado não interessava, o Bahia partiu pra cima, mas aí foi a vez do goleiro Juninho brilhar e manter o empate que deixa o Vitória mais perto do título.

Ficha técnica:

Bahia: Márcio; Neném, Neto, Valdomiro e Elivélton; Alisson, Galeano (Ari), Henrique e Robson; Daniel Mendes e Danilo. Técnico: Vadão.

Vitória: Juninho; Pedro (Carlinhos), Marcelo Heleno, Adailton (Xavier) e Paulo Rodrigues; Vampeta, Vinicius, Cléber e Edílson; Obina (Enilton) e Gilmar (Xavier). Técnico: Agnaldo Liz.

Público: 37.135 pagantes. Renda: R$ 308.627,00.

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