Empate não foi bom, mas o Tricolor segue na briga

O empate não foi o resultado ideal, mas o comportamento do time diante do Guarani – terça-feira, em Campinas – devolveu esperança ao Paraná Clube. Com um déficit de nove pontos para o G4, o Tricolor busca uma campanha de recuperação no returno. Para seguir sonhando com o acesso, o time de Ricardinho terá que se espelhar no Criciúma e vencer todos os jogos em casa. Nessa matemática, o duelo de sábado, frente ao Goiás, é decisivo.

“A nossa campanha no primeiro turno serve de parâmetro. Perdemos em Goiânia. Isso nos obriga, agora, a somar os três pontos”, reconhece Ricardinho. O treinador destacou vários pontos positivos no jogo em Campinas. “O fator primordial é que recuperamos a força de conjunto. Isso nos permitiu superar a falta de entrosamento e o fato de que tínhamos uma equipe totalmente reformulada do meio-campo pra frente”, destacou Ricardinho.

Na avaliação do treinador, esse fator pesou na reta final do jogo, onde muitos jogadores sentiram a falta de ritmo. “Já prevíamos isso. Mas, acho que valeu pela superação de todos, inclusive com alguns deles – no caso, Vandinho, Packer e Geraldo – participando de toda a partida”, lembrou. Ricardinho disse ser um otimista por natureza e vê seu time na briga pelo acesso, apesar do modesto 11.º lugar. “É claro que, para isso, temos que apagar aquilo que aconteceu em alguns jogos anteriores, em especial com Ipatinga e Atlético”.

“Foi o nosso pior momento na temporada. Em Campinas, conseguimos resgatar um pouco daquele futebol que deixou nosso torcedor confiante no acesso”, analisou Ricardinho, que agora busca pôr fim ao jejum de vitórias na competição. O último triunfo foi frente ao CRB (4×0), no dia 11 de agosto. “Acho que nos empolgamos com o resultado e isso foi muito ruim. Agora, é manter pés no chão, pois a caminhada é longa”. Para Ricardinho, o time tem que estar consciente de suas limitações e, a partir disso, transpirar mais do que seus adversários.

Na rodada do fim de semana, uma vitória sobre o Goiás, pode derrubar para seis pontos o abismo que hoje separa o Tricolor da área do acesso. “É claro que vamos trabalhar sob pressão. Mas, isso tem sido uma rotina pra gente. Temos superado desafios desde o início do ano e a dificuldade irá aumentar a cada rodada”, admite Ricardinho. Hoje, as chances de acesso do Paraná, segundo os matemáticos, são reduzidíssimas (0,7%, no “chancedegol’). Numa projeção simples, o clube teria que vencer pelo menos 12 jogos para atingir a marca de 63 pontos.