Empate foi bem recebido pelo técnico paranista

O técnico Roberto Cavalo parabenizou os jogadores pela aplicação tática. Admitiu que faltou maior brilho técnico ao seu time, mas entende que o empate sem gols, frente ao líder da Série B, não pode ser desprezado. “Tínhamos a proposta de primeiro marcar para depois buscar o contragolpe. Infelizmente, não conseguimos encaixar essas jogadas como havia ocorrido contra Guaratinguetá e Náutico”, disse o treinador.

Cavalo não se arrepende da estratégia traçada para o jogo. “Encarar o Coritiba, no Couto Pereira, atacando, é muito arriscado. Eles vinham de duas goleadas”, ressaltou o técnico paranista. Por isso, a sua opção foi fechar o time no seu campo de defesa e esperar os espaços. O resultado disso foi a maior posse de bola do Coritiba e uma série de escanteios. “Só que eles não conseguiram finalizar. Perderam o controle e tiveram que alçar a bola na nossa área”, lembrou o zagueiro Irineu.

Na prática, o trio de zagueiros – Alessandro Lopes, Irineu e Luís Henrique – e a dupla de volantes – Edimar e Luiz Camargo – foram perfeitos no jogo de ontem. “Cumprimos à risca o que foi estabelecido. Tanto que o Juninho trabalhou pouco”, disse Irineu. Na prática, o goleiro atuou saindo do gol para interceptar cruzamentos e num tiro à queima roupa de Enrico. “Foi, acredito, a única jogada em que eles conseguiram efetivamente entrar na nossa área”, comentou Cavalo.

A fórmula adotada só não foi perfeita por conta do excesso de passes errados nos contragolpes. Wanderson, quando se livrou da marcação, não teve precisão nos lançamentos. William, Pimpão e Somália, pouco produziram. “Há que se dar mérito também ao Coritiba, que não se expôs em momento algum. Nossos meias e atacantes sempre estiveram bem vigiados”, amenizou Cavalo. “Acho que fizemos a opção correta. Se você leva um gol do Coritiba, precisa se abrir e aí acaba levando mais gols”, disse Cavalo.

O treinador atingiu, com o empate de ontem, a série de 15 jogos de invencibilidade à frente do Paraná. São dez jogos no ano passado e outros cinco na atual temporada. Sobre o futuro, foi taxativo: “É difícil. Mas, vamos buscar vitórias diante de Bahia e América-MG, em casa. A partir daí, a gente vê como fica”, finalizou o técnico do azul, vermelho e branco.