Haja coração!

Emoção toma conta da Arena e Athletico leva a melhor no final

Furacão fez a festa na Arena. Foto: Albari Rosa

O Athletico levantou o caneco que leva o nome do maior ídolo de seu rival: a Taça Dirceu Krüger. Na noite de quarta-feira (10), com dose de sofrimento depois de 1×1 no tempo normal, o Furacão bateu o Coritiba, nos pênaltis, por 7×6, e se consagrou como campeão do segundo turno do Campeonato Paranaense 2019, na Arena da Baixada.

Com gol de Wellinton Júnior, aos 28 da segunda etapa, o Verdão saiu na frente e estava muito perto de vencer o confronto, mas aos 43, Marquinho estragou a festa, marcou e deixou a decisão para as penalidades. O Rubro-Negro venceu nas cobranças alternadas, coroando a brilhante campanha na segunda metade, e se credenciou para chegar embalado à grande final do Estadual, que será diante do Toledo, vencedor da Taça Barcímio Sicupira.

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Atletiba é sempre sinônimo de disputa acirrada e a vitória nunca vale apenas o placar. O confronto gera expectativas e o triunfo é importante para entrar nas estatísticas do clássico. Para o Furacão, vencer valia para apagar a má impressão que o time deixou no primeiro turno, quando terminou em quinto na tabela que tinha apenas seis times, e também para que os aspirantes pudessem mostrar que merecem uma chance no time principal.

Já para o Coxa, a vitória significaria a chance de encarar novamente o Toledo e mostrar a seu torcedor que pode fazer bem melhor diante do time do interior, além de conseguir um bom embalo para iniciar a Série B do Campeonato Brasileiro.

Furacão foi mais preciso nos pênaltis e conquistou a vitória. Foto: Jonathan Campos
Furacão foi mais preciso nos pênaltis e conquistou a vitória. Foto: Jonathan Campos

O jogo também era uma disputa entre camisas 9. Rodrigão, artilheiro da competição com sete gols, contra Bergson, em segundo, com seis, brigavam para se consagrar como o goleador do Paranaense, já que um dos jogadores se despediria do Estadual. Nenhum dos dois balançou as redes no tempo regulamentar, mas Marquinho empatou na vice-artilharia com o companheiro de time.

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A bola rolou e as torcidas tentavam empurrar no grito as equipes. Ninguém queria sair de campo derrotado, ainda mais para o rival. Os coxas-brancas praticamente lotaram o espaço a eles destinados no setor superior da Coronel Dulcídio e os atleticanos apoiavam o Rubro-Negro espalhados nos demais cantos do estádio, já que o público, como o esperado, não foi dos maiores. A falta de apelo do campeonato e a sequência de jogos que o time fez em casa desanimou o atleticano de comparecer em maior número.

Chances lá e cá

As duas equipes foram pra cima para buscar o resultado com muita vontade, mas pouca eficiência na primeira etapa. Aos 9 minutos, o Furacão teve uma grande chance de abrir o marcador. Jáderson avançou com a bola e passou para Marquinho, que, infiltrado na área, ficou cara a cara com Muralha. O goleiro coxa-branca conseguiu fechar a meta.

O Alviverde trabalhava para encontrar Rodrigão na pequena área, mas não conseguiu ter precisão na metade inicial do jogo. A partida se desenrolou no primeiro tempo, se mostrando aberta, com as duas equipes tendo a possibilidade de saírem vitoriosas, porém não conseguindo balançar as redes.

Algo inusitado aconteceu aos 39 da primeira etapa. O árbitro Paulo Roberto Alves Júnior pediu substituição por conta de uma dor muscular e trocou de lugar com o quarto árbitro. Nilo Neves de Souza Júnior passou a apitar o jogo.

Na segunda etapa, o Coxa entrou ligado. Aos 37 segundos a dobradinha entre Patrick Brey e Rodrigão quase acabou em gol. O camisa 9 cruzou para Brey, que mandou pelo lado de fora das redes.

Léo pegou o pênalti que deu o título ao Athletico. Foto: Albari Rosa
Léo pegou o pênalti que deu o título ao Athletico. Foto: Albari Rosa

Furacão e Alviverde corriam muito, mas foi o Coxa que fez o grito de alegria sair da garganta de seu torcedor por primeiro. Aos 28, Wellinton Júnior recebeu dentro da área e chutou cruzado, de bico. A bola bateu na trave direita de Léo e entrou.

+ Confira as imagens do Atletiba

O Coritiba já sentia o gosto da vitória quando Marquinho mudou a festa de lado. Aos 43, o camisa 10 recebeu dentro da área, ajeitou e fez. Nos pênaltis quem se deu melhor foi o Athletico, que por 7×6 se consagrou campeão da segunda metade do Estadual e comemorou mais um título dentro de seu estádio.

Converteram as penalidades do lado do Rubro-Negro João Pedro, Bergson, Gabriel Poveda, Marquinho, Paulo André, Lucas Halter e Khellven. Apenas Léo Cittadini errou sua cobrança.

A torcida celebrou a conquista no Atletiba 379 da história e, principalmente, comemorou uma conquista especial, com o nome do ídolo rival.

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