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Em sua 1ª final de Recopa, Athletico-PR começa a desafiar tradição do River Plate

Pela primeira vez na final de uma Recopa Sul-Americana, o Athletico-PR entra em campo para começar a decidir o título da competição com o River Plate nesta quarta-feira, às 21h30, na Arena da Baixada, em Curitiba, onde tenta abrir vantagem neste duelo de ida diante do tradicional rival, que simplesmente pela sua história de glórias no continente não poderia deixar de ser apontado como favorito neste embate.

Credenciado a jogar esta decisão por ter conquistado a última Copa Sul-Americana, o time paranaense medirá forças com o atual vencedor da Copa Libertadores. Quatro vezes campeão da América do Sul, com as taças obtidas em 1986, 1996, 2015 e 2018, o clube argentino também ostenta dois troféus da Recopa, amealhados em 2015 e 2016. Para completar, foi finalista em 1997 e 1998, ano em que caiu diante do Cruzeiro.

O Athletico-PR chega à disputa deste título depois de ter superado o Junior Barranquilla, da Colômbia, na final da Copa Sul-Americana de 2018, enquanto o River levou a melhor sobre o arquirrival Boca Juniors para faturar a Libertadores do ano passado, quando os dois times fizeram um incomum confronto em Madri na partida da volta da decisão.

Naquela ocasião, a Conmebol então escolheu o estádio Santiago Bernabéu como palco da finalíssima após os episódios de violência de torcedores que atacaram o ônibus do Boca durante o percurso até o estádio Monumental de Núñez, onde o duelo que definiria o campeão acabou sendo adiado por razões de segurança antes de ser remarcado para ocorrer na capital espanhola.

Para abrir vantagem sobre o River, que receberá o Athletico na partida de volta da final da Recopa no próximo dia 30, em Buenos Aires, o time paranaense entrará em campo descansado, pois o técnico Tiago Nunes poupou os seus titulares e escalou uma formação reserva na derrota por 2 a 0 para o Corinthians, no último domingo, em Curitiba, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.

Para completar, a equipe contará com o retorno do experiente lateral-direito Jonathan, que não joga desde a derrota por 2 a 1 para o Boca Juniors, pela rodada final da fase de grupos da Libertadores, em Buenos Aires. Por causa de lesão, ele ficou fora dos duelos contra Bahia, Fortaleza e Corinthians, mas deve ser confirmado para esta quarta-feira. Caso não possa começar entre os titulares por alguma razão, o volante Erick deve ser improvisado na lateral.

Mas, se por um lado deve ter a volta de Jonathan, o Athletico-PR amargará os desfalques do zagueiro Thiago Heleno e do volante Camacho, envolvidos em um polêmico caso de doping confirmado pela Conmebol e oficializado pelo clube no início da semana passada. Sem a dupla, Paulo André formará dupla de zaga com Léo Pereira, enquanto Wellington preencherá a vaga aberta no meio-campo.

JOGO ESPECIAL – E a partida desta quarta-feira será emblemática para o meio-campista argentino Lucho González, que pela primeira vez vai enfrentar o River Plate depois das duas passagens que teve pelo clube, que ele defendeu primeiro entre 2003 e 2005 e depois em um período entre 2015 e 2016, ano em que deixou a equipe, em maio, quatro meses antes de ser contratado pelo Athletico-PR.

“É uma sensação especial, por ser a primeira vez que vou enfrentar o River. Esperando a partida com ansiedade, sabendo que é uma final. E com muita vontade de conquistar esse título”, ressaltou Lucho, que foi o capitão atleticano na conquista da Copa Sul-Americana do ano passado.

Com 110 partidas disputadas pela equipe paranaense, o argentino de 38 anos também ajudou o River a conquistar a Libertadores de 2015 e espera usar a sua longa experiência para erguer outra taça no continente. “Foi muito difícil ter a possibilidade de participar deste jogo e obviamente queremos ficar mais uma vez na história do clube, como fizemos na conquista da Sul-Americana”, destacou.

No River, que só foi derrotado em dois dos últimos 22 jogos que realizou, o técnico Marcelo Gallardo tem como única dúvida na escalação a presença de Matías Suárez ou do colombiano Borré no ataque para fazer dupla com Lucas Pratto. E vale lembrar que na decisão da Recopa gols marcados fora de casa não têm peso maior como fator de desempate para os times. Assim, caso os dois jogos da final terminem com saldo empatado nos placares agregados, a luta pelo título irá para a prorrogação no próximo dia 30. E, caso a igualdade permaneça no tempo extra, os pênaltis definirão o campeão.

A Recopa Sul-Americana começou a ser disputada em 1989 e o Athletico-PR almeja se tornar o oitavo clube brasileiro a conquistá-la. Os outros foram os seguintes: São Paulo, com os títulos de 1993 e 1994, Grêmio (1996 e 2018), Cruzeiro (1998), Internacional (2007 e 2011), Santos (2012), Corinthians (2013) e Atlético-MG (2014).

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