‘Em casa’, Marcos Assunção espera seguir no Palmeiras

O volante Marcos Assunção afirmou que pretende seguir no Palmeiras na próxima temporada, depois de ter sido um dos principais destaques do time em 2010. Ele foi um dos artilheiros da equipe em 2010, com dez gols, ao lado do atacante Kléber, e ressaltou que se sente muito à vontade com a camisa palmeirense, apesar da grande pressão vivida pelo clube atualmente.

“Meu plano é de continuar. Estou perto de casa, e me sinto em casa aqui. Sou um cara que gosta de estar perto dos amigos. Moro no mesmo lugar em que nasci até hoje, em Caieiras (cidade da Grande São Paulo). Foi lá que eu cresci. E a minha prioridade é o Palmeiras. É claro que é algo que não depende só de mim, a diretoria vai ver o que é melhor. Se o melhor para o Palmeiras for minha permanência, eu vou ficar. Se chegar alguma oferta, é a diretoria que vai resolver. Estou bem aqui, gosto do Palmeiras, das pessoas que trabalham aqui e me sinto em casa”, repetiu o jogador, em entrevista ao site oficial do Palmeiras, publicada nesta sexta-feira.

Aos 34 anos, Marcos Assunção espera seguir servindo de exemplo aos mais jovens, com sua categoria e forma física acima da média para jogadores da sua idade. “Tento fazer o que é bom para mim. Se não fizer um algo a mais, chega em campo e vai faltar alguma coisa. Preciso estar bem não só tecnicamente, mas fisicamente e mentalmente, com o corpo perfeito, para aguentar a trombada dos mais jovens. Tive exemplos do Aldair e do Cafu, na Roma. Eles eram sempre os primeiros a chegar, chegavam sempre mais cedo. O que eu vi nos dois quero que os mais jovens vejam em mim. Que eles tenham a dedicação que eu tenho depois que chega numa certa idade”, afirmou.

“Eu gosto de chegar mais cedo, gosto de me esforçar. Na minha vida sempre foi assim, eu gosto das coisas boas, de ter as melhores coisas, ser o melhor no que eu faço. O Assunção é isso, é trabalho, e para ser melhor tem que trabalhar”, reforçou.

Já ao comentar o fato de que o seu bom ano não acompanhou os objetivos desejados pelo Palmeiras, o jogador admitiu que foi decepcionante ter visto as metas ruírem de vez com a amarga eliminação diante do Goiás, na semifinal da Copa Sul-Americana. “Tínhamos muita confiança em conseguir algo na Copa Sul-Americana, mas não foi possível. Foi uma decepção enorme tanto por parte da torcida como de nós jogadores”, disse.

PROVAÇÃO – O ano de sucesso pessoal no Palmeiras também foi destacado por Marcos Assunção como a realização de um objetivo que muitos colocavam em dúvida, tendo em vista o fato de que ele vinha atuando pelo modesto Prudente e parecia fadado a seguir perambulando por clubes de menor expressão do futebol brasileiro. “Era uma meta que eu tinha a cumprir, tinha provar que eu era capaz e provar que podia voltar a jogar num grande clube. Fui escolhido o melhor do Paulistão, cheguei à semifinal, vim para o Palmeiras e tive um começo difícil. O time já estava formado, demorei para encaixar. Mas nunca reclamei pela imprensa por não estar jogando, é isso o que tem de fazer qualquer jogador. Ficar de bola calada e trabalhar. Se não está jogando, tem que treinar mais, ser o primeiro a chegar. Isso eu fiz e hoje colhi os frutos”, enfatizou.

Em seguida, Assunção lembrou que é uma exceção como goleador em meio aos outros volantes do futebol mundial. “Sou volante de marcação e consegui fazer quase 20 gols na temporada. Na Europa, não existe alguém da minha posição que faça isso. Fui eleito um dos melhores do Campeonato Brasileiro. Só peço desculpas à torcida por não ter conseguido títulos. Tentamos fazer de tudo, me esforcei, mas infelizmente tinha um adversário que foi melhor”, disse, ao lembrar do Goiás na semifinal.

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