Edu Sales sai para entrada de Tcheco.

Alguém ia ficar chateado. E sobrou para Edu Sales. O atacante foi ?sacrificado?, e deixa a equipe para o retorno de Tcheco. Desta forma, o técnico Paulo Bonamigo opta pelo equilíbrio defesa-ataque no jogo de amanhã, às 16h, contra o Guarani, no Couto Pereira. Como era esperado, o Coritiba busca na força de marcação o respaldo para ter a ofensividade necessária para a vitória. E esta pode vir pelo alto.

Isso porque Bonamigo também se preocupa com a defesa. Ele acredita que o Guarani virá defensivo, mas não deixará de atacar. “Eu preciso ter cobertura, principalmente pelo lado do Adriano, já que o Vágner, que é o jogador de velocidade deles, vai ocupar aquele espaço”, comenta o técnico alviverde, que tem outras preocupações. “Eles têm como referência o Creedence ou o Rodrigão, e nós precisaremos estar atentos nessa bola aérea”, afirma.

E se o Bugre tem ?artilharia aérea? pesada, o Cori não vai ficar atrás. Para Bonamigo, o jogo terá como principal característica a jogada de bola alçada à área. “Acho que teremos muitas faltas laterais, e por isso acontecerão muitos cruzamentos. Essa característica pode decidir o jogo”, diz. Esse, inclusive, é um dos motivos que fez o técnico optar por Lima ao lado de Marcel – afinal, o atacante também é uma opção nas bolas altas.

Além disso, Lima pode ser fundamental nos deslocamentos de meio-campo e ataque, ponto extremamente trabalhado no treino tático de ontem, que aconteceu no Alto da Glória. Ele e Jackson terão que se movimentar bastante, pois eles serão os alvos dos passes de Tcheco e Roberto Brum. Para completar, Lima é o jogador que fará a ?parede? quando Adriano enveredar pela linha de fundo.

E o lateral, confirmado na equipe desde quarta-feira, segue sendo a opção ofensiva mais utilizada. Até por isso Bonamigo tentou trabalhar opções pela direita com Maurinho, tendo o apoio principalmente de Jackson. Mas, claro, sempre com ateçnão aos contra-ataques do Guarani. “Eles vão jogar também em um 3-5-2, com muita velocidade”, avisa Bonamigo.

Com tanto treino, não restava nada mais ao técnico alviverde senão definir a equipe. “O time é esse que treinou, não há nada a esconder”, confirma. A escalação é a seguinte: Fernando Vizotto; Maurinho, Danilo, Edinho Baiano e Adriano; Reginaldo Nascimento, Roberto Brum, Tcheco e Jackson; Marcel e Lima.

Bonamigo só quer evitar que haja incômodo com a mudança, já que o preterido Edu Sales não disfarçou o descontentamento durante o coletivo. “Essa opção é a ideal para o início do jogo, mas pode ser o caso de mudarmos durante a partida. Eu sei que o Helinho está muito bem, que o Fávaro vive uma ótima fase, mas a opção que eu considero a mais interessante é essa. E ninguém pode esquecer que todos são importantes, e podem resolver a partida vindo do banco”, finaliza o treinador coxa

Moro coloca jogadores e comissão a par do estatuto

Conversa, muita conversa. O secretário Domingos Moro foi o emissário da diretoria em uma reunião de quase cinqüenta minutos com os jogadores e a comissão técnica do Coritiba, na tarde de ontem. O assunto principal era o Estatuto do Torcedor, mas se falou de mais coisas. E, oficialmente, o Coritiba confirmou o objetivo claro de terminar o brasileiro entre os três melhores para conseguir uma vaga na Taça Libertadores da América.

Segundo Moro, a reunião serviu para colocar o elenco a par do que está acontecendo no futebol brasileiro. “Os jogadores precisam estar bem informados, ainda mais sobre um tema que fala diretamente a eles”, comenta o secretário, que aproveitou o aprendizado da diretoria coxa com especialistas da questão para dar a ?aula? ao elenco.

Além disso, o dirigente alertou os jogadores sobre a possibilidade de suspensões preventivas vindas do STJD. “Não podemos aceitar que um atleta nosso faça alguma coisa que seja captada pelas câmeras e acabe acarretando em uma suspensão preventiva que dificilmente será revista”, diz Moro, que lembrou os casos de Rogério Ceni e Jorginho, que já foram alvos do tribunal.

Mas outras coisas acabaram vindo à baila. A conversa acabou enveredando pelos problemas financeiros do Cori. “Falou-se de salários atrasados, mas sempre deixamos claro que estamos fazendo o máximo para colocá-los em dia. E sempre falando aos jogadores, pois acabou a era da mentira”, admite Domingos Moro, que diz que não houve cobranças do elenco. “Muito pelo contrário. Tivemos uma conversa bastante agradável”, afirma.

Assim, a reunião acabou com um teor motivacional. “A conquista da vaga para a Libertadores pode significar muito para o clube e para os próprios jogadores”, diz Moro, que confirma o desejo alviverde. “Temos que pensar alto, porque o Coritiba precisa disso”, garante.

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