Dupla da Tribuna entra na “Calçada da Fama” da FPF

Levi Mulford Chrestenzen e Irineu Horbatiuk, jornalistas que cobrem o futebol amador para a Tribuna do Paraná, serão homenageados amanhã pela FPF (leia-se presidente Onaireves Moura) deixando a marca de seus pés na Calçada da Fama, junto a Leônidas Antônio Rodrigues Dias e Dirceu (Tiziu) dos Santos, outras personalidades, da mesma forma recebendo a honraria por suas contribuições ao futebol suburbano de Curitiba.

Levi nasceu em Curitiba em 6/7/29, filho de Rodolpho e Elvira Chrestenzen (pai descendente de dinamarqueses e mãe de italianos), irmão de Hermanito (já falecido) e casado com Edite com quem tem os filhos Lúcio, Lizandro e Eunice.

Levi jogou de 1945 a 70, ganhando o prêmio Belfort Duarte (10 anos sem punição no futebol), defendendo várias equipes como Palestra, onde iniciou no juvenil, passando por Juventus (de Afinho e Lalo), Cruzeiro, de Morretes, e aspirante do Coritiba (tempo de Miltinho), entre outros. Seu último clube foi o Bacacheri, onde atuou por muitos anos, encerrando ali na equipe de veteranos.

Está na Tribuna desde sua fundação, trazido do jornal Paraná Esportivo pelo saudoso Albenir Amatuzzi, chefe da equipe de esportes naquela época. No início era fotógrafo, além de produzir textos junto a Irone Santos, já falecido.

Está aposentado pela Telefônica (antiga Telepar), e hoje detém um dos maiores, senão o maior arquivo com memória do futebol paranaense, onde passa a maior parte de seu tempo, em sua residência.

Irineu

O fotógrafo “Batiuk” como se tornou conhecido, nasceu em 20/10/35 na capital paranaense, filho de Pedro e Maria Ternopol Horbatiuk, vindos da Ucrânia. Irineu é casado com dona Joana (Ivana em ucraíno) com quem tem as filhas Thais e Vânia.

Foi camisa 11 do extinto Pindorama, equipe que disputou por vários anos a Liga de Campo Largo, do presidente Líbano Prestes, o Lima, hoje afastado das lides esportivas.

Veio para o time aqui da casa trazido por Levi, quando o Paraná Esportivo parou. Paralelamente trabalhou na construção civil, exercendo com muito orgulho várias funções deste segmento de trabalho. Chegou a mestre-de-obras e foi membro do sindicato de sua categoria por três gestões.

Através de seu trabalho foi para a Europa visitando 8 países. Ganhou ao longo da carreira, iniciada em 58, aproximadamente 250 camisas, pelo menos 200 faixas de campeão e vice, além de troféus, medalhas, placas, diplomas e honras ao mérito, precisando de uma peça em sua casa (que ele mesmo construiu), só para guardar as lembranças.

Nas infindáveis histórias, Irineu lembra três, que lhe ficaram na memória: duas péssimas, uma quando foi fotografar Municipal x Trieste pela Taça Paraná, em Jacarezinho, onde torcedores e dirigentes da equipe local queriam lhe tomar a máquina. Outra, pela mesma competição, na cidade de Dois Vizinhos, onde puxaram revólver em sua direção, na decisão com o Vila Fanny.

Mas para compensar, guarda agradáveis recordações da cidade de Loanda, onde foi cobrir a final da Taça Paraná entre Loanda e Vila Fanny. Tudo terminou num clima bastante festivo, com o time local perdendo o jogo.

Leo e Tiziu

Leônidas Dias e Dirceu dos Santos, o Tiziu, ambos de tantas glórias em prol do futebol amador, mais uma vez vão deixar suas marcas na história. Entre tantos outros trabalhos, Leo, carinhosamente assim chamado pelos amigos, foi o criador do 1.º campeonato de futebol feminino de Curitiba, com a participação de 23 equipes, recebendo apoio de Loir Vaz, fá falecido, então presidente do União Ahu, onde aconteceu quase todo o certame.

Fez a primeira convocação da seleção paranaense feminina. Foi também seu primeiro técnico no campeonato sul-brasileiro, na cidade de Capão da Canoa-RS. Promove, organiza e coordena várias competições com muito sucesso, se destacando o Campeonato Cobrinhas de Futebol Infantil, este ano em sua 29.ª edição, além de inserir colunas esportivas nos jornais Folha de Tamandaré e Diário Popular.

Já, Tiziu, 49 anos, atleta-símbolo do futebol amador, iniciou jogando futebol de salão no ginásio da Igreja Santa Izabel, no time dos “Verdureiros” time onde só ele era de fora. Os outros eram pai e filhos. Depois construiu sua história no amador se destacando no Capão Raso onde foi vencedor como atleta e presidente.

Ganhou títulos, faixas, “canecos”, diplomas, prêmios, presentes, etc., mas o que mais lhe emocionou foi exatamente esta lembrança. É grato ao futebol pelos milhares de amigos que possui. Hoje “toca” o próprio time de amigos chamado Os Garanhões, onde é o capitão, roupeiro, massagista, relações públicas e presidente.

Gralha no feminino

Jorge Dib e Irineu Horbatiuk, organizadores do Troféu Gralha Azul no futebol amador, em sua 11.ª edição a ser levada a efeito amanhã, no salão nobre do Pinheirão, às 12h, relacionaram a seguinte lista, com aval do comandante do setor relativo da FPF, Tide Wuicik:

Seleção Juniores

Carol (Vila Fanny); Taisinha (Novo Mundo), Dayane (Juventus), Maria (Vila Fanny) e Bira (São Paulo); Gamarra (Juventus), Fabiane (Juventus), Edimara (Vila Fanny) e Mirian (Vila Fanny); Dany (Vila Fanny) e Isabela (Novo Mundo). Técnico: Gerson (V. Fanny); Massagista: João Maria (Colombo); Diretoras: Regiane (Juventus) e Elizabeth (V. Fanny); Presidente: Eliseu Siebert (V. Fanny).

Seleção Adulta

Andréia (Maringá) (medalha de ouro no pan); Janaina (Colombo), Dali (Novo Mundo), Adriana (Foz do Iguaçu) e Tati (Novo Mundo); Renata (Maringá) (medalha de ouro no pan), Rafaela (Maringá) (medalha de ouro no pan), Fabíola (Juventus) e Thaís Abatiá (Novo Mundo); Elisângela (Colombo) e Dayane (Novo Mundo). Técnico: Marquinhos (N. Mundo); Preparadora física: Noely (Colombo). Diretoras: Sandra (Colombo) e Hamilton Rangel (N. Mundo). Presidente: Édson Lombardi Lima “Lambari” (Grêmio Maringá Seleto Clube). Revelação da temporada: Dayane (Milan).

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