O clássico de hoje – às 16h, no Durival Britto -define os rumos de Paraná Clube e Atlético para o segundo turno da Série B. Mesmo sonhando com o G4, os dois clubes se mantiveram sempre em uma faixa intermediária na tabela de classificação. Em meio a altos e baixos, o Rubro-Negro chega fortalecido por três vitórias seguidas, enquanto o Tricolor convive com uma preocupante queda técnica nos jogos fora de casa. Em meio a essa instabilidade, quem vencer o duelo garante fôlego extra para a segunda metade dessa corrida, que irá apontar os quatro novos integrantes da elite nacional.
Na prática, o Paraná Clube entra em campo sob pressão. Precisa da vitória para impedir um distanciamento ainda maior do pelotão de frente. Um quadro que fez Ricardinho fugir da tradicional “guerra fria” dos grandes clássicos. Logo após o treinamento, escalou seu time e confirmou a volta de Wendel ao comando do ataque. “Precisamos dessa presença ofensiva. Tentei algumas variações, mas não deu certo e é hora de mudar”, admitiu Ricardinho. O treinador ainda corre atrás da formação ideal, capaz de realizar uma campanha equilibrada jogando em casa ou fora.
Do outro lado, o Atlético vive um momento de serenidade. Após três mudanças no comando técnico – algumas traumáticas -, Ricardo Drubscky conseguiu emplacar uma sequência de vitórias que catapultou o Rubro-Negro para uma condição bem melhor na tabela de classificação. “Esses resultados dão credibilidade ao grupo, mas aumentam a responsabilidade para este clássico, que pode nos colocar bem perto do G4”, destacou o treinador atleticano. “Temos pela frente um time com campanha parecida e isso dá um tempero aguçado para o clássico”.
Mesmo avesso a projeções, Ricardinho admitiu que sua meta mínima era chegar aos 30 pontos. “Já não dá mais. Por isso, precisamos vencer o clássico para fazer 29 e buscar um returno mais equilibrado”. No caso de um revés, a situação do Paraná se tornaria dramática, diante da regularidade dos clubes que dominam, até aqui, o G4. “Temos que manter o desempenho em casa e melhorar fora. É esse o nosso desafio, o meu desafio, para o segundo turno da competição”. Na melhor das hipóteses, vencendo hoje, o Paraná poderia fechar o turno a cinco pontos da área do acesso.
A condição do Atlético é mais tranquila. Se vencer hoje, pode atingir sua melhor marca, ficando a apenas dois pontos do G4. Ao contrário do que apregoou quando assumiu o time, logo após a demissão de Jorginho, Drubscky preferiu não antecipar o time. A tendência é a repetição da formação utilizada na vitória sobre o Criciúma, mas há quem aposte na entrada de Marcelo na vaga de Henrique, o que daria maior velocidade ao time, para jogar “no erro” do adversário.
