O jogo desta tarde marca o encontro de dois goleiros forjados nas categorias de base do Paraná Clube. Hoje titular absoluto do Bahia, Darci nunca teve uma real oportunidade no Tricolor, tendo vivido à sombra do então intocável Flávio. Após uma discussão com o Pantera, Darci viu suas portas se fecharem no clube definitivamente e foi buscar na Boa Terra um novo rumo para a sua carreira.
Já a situação de Gabriel é diferente. O goleiro assumiu a titularidade do Paraná aproveitando uma lesão (na realidade, um mau momento) de Flávio. Não conseguiu impedir a queda para a Segundona, mas fechou o ano como titular e solução para a meta paranista. Veio 2008 e, devido a uma lesão, Gabriel viu Fabiano Heves começar a temporada com a camisa 1. Foi assim até a largada da Série B. Alguns deslizes de Heves fizeram com que a comissão técnica abrisse espaço para Gabriel.
No entanto, as vitórias não vieram e o goleiro foi contestado em alguns gols que a equipe levou. A diretoria procura um goleiro experiente, o que coloca uma tremenda pressão nos ombros de Gabriel. ?Tenho a minha auto-crítica e sei que posso ser titular do time. Prefiro não ficar muito ligado em comentários, para me concentrar exclusivamente nos treinos?, disse Gabriel. ?Se um outro profissional chegar, creio que os treinos do dia a dia é que definirão quem deve jogar?, arrematou.
Gabriel foi titular nas últimas três partidas, mas após passar em branco frente ao Marília, fora de casa, o Tricolor sofreu quatro gols nos dois jogos seguintes. ?É certo que precisamos melhorar esses números. Mas, acho que é uma questão coletiva. E pesa o fato de ainda não termos um grupo definido?, disparou o goleiro tricolor. Para Gabriel, no jogo desta tarde o diálogo dentro de campo será decisivo para o Paraná atingir seu objetivo, na base da superação.