Donald Trump pode minar sonho dos Estados Unidos de sediar Copa do Mundo de 2026

Os Estados Unidos ganharam um inimigo de peso nos planos para sediar a Copa do Mundo de 2026. Dentro da própria casa. É Donald Trump, virtual candidato republicano à presidência do país. O bilionário não gosta de futebol e o futebol não gosta dele. O mau relacionamento é declarado e, se Trump vier a ser eleito em novembro, os norte-americanos podem dar adeus às chances de receber o Mundial pela segunda vez na história.

O alerta partiu do próprio presidente da Federação de Futebol dos Estados Unidos (USSoccer), Sunil Gulati. Ele lembrou que para realizar uma Copa não basta ter dinheiro, estádios modernos, infraestrutura e perspectiva de ótimo publico durante os jogos. É preciso também ter a bênção do governante de plantão, o que com quase com toda certeza não irá acontecer se, no momento da escolha da sede – provavelmente no ano que vem -, Trump estiver morando na Casa Branca.

“Ser bem-sucedido em uma disputa de Mundial passa pela visão do mundo sobre os nossos líderes. Acho que a percepção do mundo sobre os EUA se vê afetada por quem estiver na Casa Branca, tem relação”, disse Gulati ao jornal norte-americano USA Today, lembrando que o sonhos de Los Angeles em realizar os Jogos Olímpicos em 2024 pode virar pesadelo na hipótese o republicano ser eleito.

Trump não nega que detesta futebol, que considera um esporte antiamericano. Mais: um esporte de terceira linha, pois é o preferido dos latinos, um de seus maiores alvos na campanha presidencial. O magnata chegou inclusive a falar em construir um muro separando Estados Unidos e México. Gulati deixou no ar até a possibilidade de os Estados Unidos não apresentarem candidatura. “Vamos concorrer se acharmos que podemos ser bem-sucedidos”.

Um recuo seria uma derrota e tanto para ele e para um grupo considerado de empresários que planejam trazer a Copa de 2026 para os Estados Unidos – que deixando a questão política de lado são considerados quase favoritos absolutos para sediá-la.

A insistência na realização da Copa América Centenário, mesmo depois de ter vindo à tona o escândalo de corrupção envolvendo a cartolagem que passou pela venda dos direitos de transmissão e de marketing da competição, faz parte da estratégia.

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