Chegou a hora. Amanhã, às 16h, Coritiba e Atlético decidem o Campeonato Parana-ense pela 15.ª vez. Até aqui, equilíbrio total. Oportunidade para o Furacão, que conquistou o título sete vezes em cima do rival, empatar o número de conquistas do Coxa. O Alviverde tem oito triunfos em Atletibas decisivos, sendo quatro nos últimos seis anos, e pode aumentar ainda mais a vantagem se for o vitorioso.
Na história geral, porém, o Alviverde tem amplo domínio, com 35 títulos estaduais contra 22 do Rubro-Negro. Números, no entanto, que não entram em campo e que não asseguram nenhuma vantagem, assim como o regulamento da finalíssima. Amanhã, se o jogo terminar empatado, como no domingo passado (2 x 2), o título será conhecido através de cobranças de pênaltis. Por isso, só resta vencer a Coritiba e Atlético.
Porém, caso a decisão vá mesmo para os pênaltis, não será a primeira vez. Será a terceira na história. Nas outras duas ocasiões, as penalidades deram um título para cada lado. Em 1978, após três finais terminadas em 0 x 0, o Coxa foi campeão no Couto Pereira. Já em 2005, depois de uma vitória por 1 x 0 para cada time, o Furacão ficou com a taça na Arena da Baixada.
O Couto Pereira, que volta a receber um Atletiba final após 22 anos, promete estar cheio. Até ontem, aproximadamente 30 mil ingressos já tinham sido vendidos. Uma expectativa de grande público para acompanhar o clássico de número 352, e envolvido de mistério dos dois lados. No Atlético, o último treino foi fechado para a imprensa e ninguém deu entrevistas.
No Coritiba, o técnico Marcelo Oliveira e os jogadores falaram, mas ninguém sabe qual time vai a campo. Certo mesmo, é que não vai faltar emoção na final. “Em um jogo como esse, ambos vão atacar. Será um jogo aberto e teremos que ter cuidados com a velocidade e o contra-ataque do Atlético. É um jogo de futebol e alguém sairá vencedor no domingo. Vamos lutar para que seja o Coritiba”, afirmou o treinador coxa-branca.
Outro fator que acirra a rivalidade é a chance de o Atlético de impedir o tricampeonato do Coritiba, algo que já aconteceu em 1970 e em 2005. Mas para isso, o clube terá que encerrar um outro tabu. Desde 2008 o time não vence o Coxa no Couto Pereira. Neste período, foram oito jogos no estádio, com cinco vitórias alviverdes e três empates.