Imbatíveis

Dobradinha queniana na Corrida de São Silvestre

Os corredores quenianos voltaram a dominar a tradicional Corrida de São Silvestre, disputada nesta segunda-feira (31). Com novo horário e percurso, a 88ª edição da prova teve como vencedor Edwin Kipsang, seguido de perto pelo compatriota Joseph Aperumoi. O brasileiro mais bem colocado foi Giovani dos Santos, quarto colocado.

Kipsang, que vinha de bons resultados em corridas de menor importância no Brasil, cruzou a linha de chegada com o tempo de 44min04s, após forte arrancada nos metros finais.

Giovani dos Santos, por sua vez, completou a prova em 44min50s, atrás de Aperumoi (44min14s) e do também queniano Mark Korir (44s20). Com o resultado, os quenianos alcançaram sua 13ª vitória na história da prova masculina.

O último triunfo havia acontecido em 2009, com James Kipsang, vencedor também em 2008. O último brasileiro a vencer a São Silvestre, em 2010, foi Marílson Gomes dos Santos. O tricampeão não disputou a prova deste ano.

A corrida desta segunda-feira contou com novidades, tanto no horário quanto no percurso. Nesta edição, a corrida foi realizada pela manhã, a partir das 9 horas, depois de ser disputada no período da tarde por 23 anos.

Neste novo horário, a competição pôde voltar a ser finalizada na Avenida Paulista. Nos últimos anos, a organização da prova preferiu mudar a trajetória para não atrapalhar os preparativos para o Réveillon, que costuma reunir milhões na famosa avenida da capital paulista.

Como sempre acontece na São Silvestre, a largada foi marcada pela festa dos corredores anônimos. Esbanjando empolgação, eles exibiam bandeiras, faixas e camisas de clubes de futebol. Ao todo, a prova contou com 25 mil inscritos.

Entre eles, os quenianos Mark Korir, Edwin Kipsang e Joseph Aperumoi, que foi contratado pelo Cruzeiro para disputar a corrida. Eles foram os protagonistas da prova, ao lado dos brasileiro Giomar Pereira da Silva e Giovani dos Santos, que chegaram a brigar pelas primeiras posições no início da corrida.

Aos poucos, Korir e Kipsang se destacaram no grupo de elite e ditaram o ritmo a partir da Avenida Pacaembu. Mais lento, Aperumoi só passou a reagir nos quilômetros finais.

Superou Korir na subida da Avenida Brigadeiro Luis Antônio e conseguiu chegar em segundo lugar. Korir acabou finalizando a corrida em terceiro, logo à frente de Giovani dos Santos.

Feminino

A Corrida Internacional de São Silvestre foi disputada pela primeira vez no período da manhã, mas o resultado final da prova feminina repetiu o domínio das atletas quenianas, como aconteceu nos último anos.

Com um ritmo forte desde o início da prova, Maurine Kipchumba venceu a disputa ao completar os 15 quilômetros pelas ruas de São Paulo em 51min43. A vitória de Kipchumba foi a quarta consecutiva das corredoras quenianas na São Silvestre.

Além disso, o país venceu cinco das últimas seis edições da prova paulistana. Já o Brasil não ganha a versão feminina da disputa que fecha o calendário esportivo do País desde 2006, quando Lucélia Peres triunfou. E as atletas brasileiras nem conseguiram lutar pela primeira colocação nesta segunda-feira.

Kipchumba ficou bem distante do recorde da prova, que é da também queniana Priscah Jeptoo, que venceu a prova de 2011, concluída no Ibirapuera, com o tempo de 48min48.

Assim, ela foi quase três minutos mais lenta do que a melhor marca da prova. A tanzaniana Jackline Sakilu terminou a disputa na segunda colocação. Tatiele Carvalho foi a melhor brasileira na São Silvestre ao terminar a disputa em sexto lugar.

Neste ano, Kipchumba venceu a Volta da Pampulha, realizada em Belo Horizonte. A queniana foi contratada pelo Cruzeiro para representá-lo na São Silvestre e fez valer o investimento do clube mineiro, que possui uma das principais equipes de corridas de rua do Brasil.

O início da disputa foi equilibrado, mas logo duas atletas se destacaram das demais concorrentes. A partir da metade da prova, a queniana Kipchumba e a tanzaniana Sakilu se destacaram do pelotão de eli,te e passaram a lutar pela liderança da São Silvestre.

Na altura do 10º quilômetro, Kipchumba abriu vantagem e passou a correr sozinha, sem ter a primeira colocação ameaçada. Assim, ela completou a prova sem ser pressionada e cruzou a linha de chegada na avenida Paulista para triunfar na versão feminina da São Silvestre.