Distensão de Janeth não a tira da estréia sábado

Atenas – A ala Janeth Arcain confirmou ontem sua escalação na estréia da seleção feminina de basquete nos Jogos Olímpicos de Atenas, contra o Japão. A contratura nas costas sofrida num dos amistosos contra a seleção da Grécia na semana passada não preocupa, segundo Janeth, que disse ter ficado fora dos dois últimos jogos do Brasil no Torneio Diamond Ball, na Ilha de Creta, apenas por precaução. Uma avaliação feita pelo departamento médico da missão brasileira confirmou que a lesão não é grave.

“Roubei uma bola e quando fui para a bandeja passei do aro e voltei um pouco para trás. Foi aí que eu senti a contratura nas costas. No começo as dores foram muito intensas, mas nada que preocupe”, disse a jogadora, ressaltando que há tempo suficiente para sua recuperação até a estréia da seleção, no dia 14, às 16h45 (10h45 de Brasília).

Janeth foi submetida ontem a uma ressonância magnética na policlínica da Vila Olímpica, acompanhada pelos médicos da missão brasileira em Atenas. Foi detectada uma pequena protusão discal entre as vértebras lombares L3 e a L4, o que caracteriza uma lombalgia. A atleta está recebendo tratamento à base de analgésico e fisioterapia e os médicos da missão não acreditam que a lesão possa tirá-la da estréia.

Para a ala da seleção, o torneio disputado em Creta com outras cinco seleções que estarão em Atenas serviu não só para observar as adversárias, mas sobretudo para avaliar o estágio de preparação do Brasil. “O torneio foi um termômetro para ver que a seleção ainda tem muito a progredir e isso nos deixa motivadas”, disse Janeth. “Pudemos perceber que algumas seleções, como a da Grécia e da China, já estão perto do limite. Outras, como a da Austrália, que venceu o torneio, ainda têm muito a evoluir, como o Brasil. Para a ex-jogadora do Houston Comets (tetracampeã da WNBA), o torneio olímpico será muito nivelado, com várias aspirantes ao ouro.

O jogo mais difícil é sempre o da estréia, segundo Janeth, por causa da ansiedade. Mas a partir do segundo jogo a tendência é a seleção embalar. “Claro que nossa meta é ganhar o torneio”, afirmou a ala, logo recebendo o aval da pivô Alessandra, destaque do jogo do Brasil contra a Grécia, no qual o Brasil garantiu a terceira colocação do Diamond Ball, com 23 pontos e 20 rebotes. “Já ganhei um bronze e uma prata. Chegou a hora do ouro”, concluiu a pivô.

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