Muito barulho por nada. Assim se resumiu a reunião da Liga Sul-Minas ontem, em Curitiba. Por falta do que decidir, os dirigentes acharam melhor adiar para outra data a resolução final quanto à disputa ou não da Copa Sul-Minas. O novo encontro não tem data marcada, mas não pode se realizar depois do dia 21, véspera do início da competição. “Não tínhamos elementos suficiente para julgar a questão”, afirmou o presidente do Atlético-PR, Mário Celso Petraglia.

Dos dezesseis clubes que este ano disputariam a competição, cinco se ausentaram: Grêmio, Guarani, de Venâncio Aires, Cruzeiro, América Mineiro e Atlético Mineiro, cujo emissário chegou na hora em que todos já haviam deixado o local da reunião. Apesar disso, o homem-forte do Galo, Alexandre Kalil, mandou uma procuração autorizando Fernando Miranda votar pelo Galo.

A julgar pelo pouco caso mostrado por alguns clubes em relação à reunião, a tendência é que a copa regional não saia do papel, ficando apenas o processo jurídico com objetivo de arrecadar o valor da multa contratual. “O presidente Fernando Miranda disse que tem tudo pronto para o início da disputa. Mas acho difícil que a Sul-Minas aconteça. Como votamos contra a briga para disputá-la, estamos tranquilos”, disse Petraglia. Sobre a ação na Justiça, que pode render uma compensação financeira para os clubes, o dirigente é enfático. “Seria justo deixarmos esse valor a ser dividido entre aquelas equipes que não disputam a Série A”.

Segundo determinação do juiz Alexandre de Carvalho, da 40.ª Vara Cível do Rio de Janeiro, a Globo Esportes é obrigada a cumprir o contrato de televisionamento. Caso contrário, terá de pagar R$ 5 milhões de indenização. “A questão da quebra contratual está sob júdice. Mas se vamos receber alguma quantia caso a competição não aconteça, só o tempo vai dizer”. Pelo que consta no contrato, a primeira parcela das cotas da TV teriam de ter sido depositadas no último dia 10, mas o patrocinador alega que não pagará por um produto que não terá. O argumento para fugir do pagamento da multa é colocar a culpa pela extinção do torneio na CBF, que mudou o calendário.

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