Diretor paranista fala sobre a atual situação do clube

Aramis Tissot, vice presidente de futebol, não esconde um natural abalo emocional diante da crise financeira do Paraná Clube. Porém, mesmo diante de um quadro de saúde ruim – ele convive com problemas cardíacos -, não largou a toalha e comandou várias frentes na busca por recursos para colocar a casa em ordem. Não tem vergonha de “passar o pires” e só vê uma saída para o clube: a união de todos os tricolores.

Paraná Online: Quando a revolução paranista foi lançada, muito se falou sobre uma verba significativa para o futebol. Por que esse dinheiro não apareceu?

Tissot: Porque algumas pessoas que faziam parte do projeto simplesmente abandonaram o barco. Prefiro não citar nomes, mas teve gente que prometeu muito e nada fez.

Precisávamos de pelo menos R$ 3 milhões para zerar as dívidas. Sem esse valor, hoje, a missão da diretoria é administrar o déficit, com cuidado para que tudo não se transforme numa bola de neve.

Você imaginava um quadro como esse?

Tissot: Ao tomar conhecimento da realidade financeira do clube, esperava sim. O Paraná não soube se programar para esses problemas que eram inevitáveis diante do nosso atual orçamento. Estamos mudando isso. Lá na frente, posso não estar mais no cargo, mas estou fazendo o possível para modificar a estrutura do nosso futebol.

Paraná Online: Há soluções a curto prazo?

Tissot: Hoje, só há uma saída: a união de todos, o apoio do nosso torcedor. Tenho um comprometimento com os jogadores e toda a receita líquida do próximos jogos será revertida para o pagamento dos direitos de imagem.

Paraná Online:

Não tenho vergonha de dizer que o time vive situação delicada. É a nossa realidade. Os próximos meses serão difíceis, mas tenho que acreditar que aqueles que realmente amam o clube vão ajudar.

Já tivemos grandes públicos num passado não tão distante. E se o torcedor quer ver seu time num outro patamar, a hora é agora. Podemos não ter o time dos sonhos, mas temos um grupo de guerreiros.