Diretor de marketing do Palmeiras renuncia

O clima anda quente no Palmeiras. Depois da revelação de que salários estão atrasados, o diretor de marketing do clube, Carlos Augusto Mira, pediu demissão do cargo, assim como sua saída do conselho deliberativo e do quadro de sócios. Mira não explicou os motivos que o levaram a tomar a decisão, mas deu a entender que existem diretores mais interessados em negócios próprios do que no desenvolvimento do Palmeiras.

"Acabou o encanto com a diretoria e com a cartolagem do futebol" disse o ex-diretor, em entrevista à Rádio Jovem Pan. "Fui ao Palmeiras para contribuir com o clube. Inclusive o Affonso Della Monica (presidente do clube) é o único que tenho lealdade. Eu disse a ele que não me sentia competente para implementar as ações necessárias, pois me sentia persona non grata em reuniões" completou.

Sócio do clube por 32 anos e membro mais votado para a eleição no conselho deliberativo, realizada no início do ano, Mira demonstrou inquietude quando o assunto foi o acerto do Palmeiras com a Fiat. "Eu não concordo quando você faz uma coisa por um valor e registra outro. Inclusive, tenho um e-mail de um colega do clube dizendo que eu fui considerado uma persona non grata porque fiz perguntas sobre como o dinheiro era investido".

Ao saber da decisão e acusações de Mira, o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Serafim Del Grande, disse que não aceita a renúncia de Mira do Conselho. "Ele, pelo que me parece, coloca em dúvida participações de diretores no Palmeiras. Tomei conhecimento que foram denúncias muito graves. A carta (de renúncia) foi protocolada e não aceitarei a renúncia dele como sócio e como conselheiro. Pelo código civil, o conselheiro também responde pelas coisas erradas e ele precisa ser ouvido, pois vou abrir uma sindicância", comentou Serafim, que completou: "No fim de tal apuração, aí sim o Palmeiras tomará uma decisão a respeito do que aconteceu. Não podemos desconhecer o que foi colocado por ele".

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