Prestes a defender a Portuguesa no aguardado julgamento do STJD, o advogado João Zanforlin antecipou no início da tarde desta segunda-feira seu principal argumento em defesa do clube paulista, que corre o risco de ser rebaixado para a Série B. Uma eventual queda da Lusa garantiria a permanência do Fluminense na primeira divisão.

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Zanforlin pretende pedir à Primeira Comissão Disciplinar do STJD que analise o caso sem se ater à “frieza” da lei. “Você não pode aplicar o código com aquela frieza. Até porque nos outros casos isso não aconteceu”, declarou o advogado, em entrevista à Sportv.

Para Zanforlin, a Comissão deve interpretar o caso, levando em consideração as circunstâncias da eventual punição, que pode alterar o resultado final do Campeonato Brasileiro. “Se não for assim, vamos utilizar um programa de computador para dizer qual é a decisão da justiça. Direito não é ciência exata”, afirmou.

O advogado disse ainda que uma mudança no resultado final da competição tiraria a credibilidade do futebol brasileiro, às vésperas da Copa do Mundo. “No domingo, um pessoal ri porque conseguiu classificação, outro chora porque foi rebaixado. Aí na segunda, descobrem que não é bem assim. Quem estava chorando, não precisa chorar mais. Quem estava comemorando, não pode mais comemorar. Futebol não pode ser assim”, disse.

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“Estamos perto de uma Copa do Mundo. E, se não for mantido o resultado obtido dentro de campo, vai ficar muito feio para o futebol brasileiro, vai ter total desconfiança para a Copa do Mundo”, afirmou.

Zanforlin disse ainda que não descarta aproveitar brechas no Código Disciplinar da Fifa que preveem o cumprimento de penas no campeonato seguinte. Nesse caso, a Portuguesa poderia adiar uma eventual punição para o Brasileirão de 2014, descartando o rebaixamento neste ano. “Podemos fazer um pedido, por quê não? Até porque estamos aplicando aqui os princípios que a Fifa usa para nortear o futebol.”

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A Portuguesa será julgada nesta segunda, a partir das 17 horas, por ter escalado o meia Héverton de forma irregular na última rodada do Brasileirão. Pela denúncia, o time pode perder quatro pontos, caso seja condenado, segundo pena prevista no artigo 214.