Dinheiro chega e todos deixam o Grêmio Maringá

O Grêmio Maringá está sem jogadores. E não é por conta das férias de fim de ano. Os 22 que ainda restavam foram embora esta semana, sem receber salários há cinco meses. O que faltava para a debandada geral eram as passagens de volta. Agora, não faltam mais. A maioria dos recém-saídos veio do futebol nordestino. Em Maringá, eles moravam num alojamento do clube. A penúria do elenco era tanta que nem dinheiro para as passagens eles tinham. Para ajudá-los, alguns empresários da cidade compraram os tíquetes.

Sem time e ainda com seu presidente, Aurélio Almeida, preso na Colônia Penal Agrícola de Piraquara, região metropolitana de Curitiba, o Grêmio Maringá preocupa a prefeitura. O secretário de esportes de Maringá, Mário Verri, teme que o clube não forme um elenco a tempo de disputar o Paranaense de 2004, que inicia em 21 de janeiro. Há duas semanas, Verri esteve em Piraquara, conversando com Aurélio Almeida.

Dele ouviu que tão logo deixe a prisão, vai correr atrás de uma comissão técnica e de jogadores. “Resta saber quando ele vai sair. Sempre falam que será na semana que vem…”, desespera-se Verri. Os advogados de Almeida, preso desde junho por estelionato e usurpação da função pública, tentam que ele possa cumprir em liberdade o resto da pena de dois anos e três meses.

Mário Verri, por outro lado, já pensa no alvinegro sem o dirigente. Sua primeira idéia é buscar em outros clubes da cidade a base do Grêmio para o estadual. “A Associação Maringaense e o Águia têm boas estruturas nas categorias de base. Seria um início. Pelo menos para Maringá não perder a vaga na primeira divisão”, acredita.

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