Dinamarqueses negociam parceria com o Paraná

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Lars (direita) esteve ontem acompanhando o treino do Paraná.

O Paraná Clube deu o primeiro passo para fechar uma parceria internacional. Uma comissão do Randers F.C., equipe da primeira divisão da Dinamarca esteve ontem na Vila Olímpica do Boqueirão. O objetivo é observar jovens valores que possam se transferir para um país considerado emergente no futebol europeu. À frente deste grupo, nada menos que o capitão da seleção dinamarquesa campeã da Eurocopa 92, Lars Olsen.

Ele é o técnico do Randers e está no Brasil à procura de reforços. Veio acompanhado do gerente e do diretor de futebol da equipe dinamarquesa. "Há muitos aspectos relacionados a esta negociação. Desde a vinda desta equipe para uma pré-temporada no Brasil até um intercâmbio para que alguns de nossos jogadores possam se transferir para a Dinamarca", explicou o presidente José Carlos de Miranda.

"Eles demonstraram interesse em alguns de nossos atletas. Mas, é bom frisar que só vamos ceder – nesses termos – jogadores que não estejam nos planos da nossa comissão técnica", comentou o vice de futebol José Domingos. Diante da perspectiva de transação, até jogadores que não vinham treinando com o grupo principal (como o meia Róbson e o atacante Edivaldo) participaram de parte do coletivo.

A intermediação da transação foi feita pelo empresário Nick Arcuri, da Base Soccer. A empresa representa vários jogadores na Inglaterra e gerencia atletas aqui no Brasil, entre eles Gilberto Silva (Arsenal), Édson (Corinthians), Sérgio Júnior (Ponte Preta) e o zagueiro Fernando Lombardi. "O futebol da Dinamarca vem crescendo muito nos últimos anos e eles estão buscando qualificar suas equipes com jovens jogadores brasileiros", comentou Arcuri. A campanha do Tricolor na última Copa São Paulo de Juniores – ficando na 3.ª colocação – credenciou o clube às observações de Lars Olsen.

Paulo Campos muda esquema para achar caminho do gol

Os maus resultados determinam uma profunda mudança no Paraná Clube. O técnico Paulo Campos armou o time em um 3-5-2, buscando maior participação de alas e meias e deve confirmar este posicionamento para o jogo de amanhã – às 19h, no Pinheirão – frente o União Bandeirante. O tricolor busca a primeira vitória na temporada para tranqüilizar sua torcida, que mais uma vez está "com as barbas de molho" após duas rodadas sem marcar gols e apenas um ponto conquistado.

A surpresa ficou com a saída do capitão Axel. O volante deixa a equipe para a entrada de João Paulo. Essa mudança já ocorrera no segundo tempo do jogo frente o Engenheiro Beltrão. Com mais um zagueiro, a tendência é que os alas tenham maior liberdade para avançar ao ataque e, diante dessa nova estratégia, alterações também foram processadas nas alas. Edinho foi efetivado na esquerda – até então ele vinha jogando como meia – e Thoni ganha a primeira oportunidade na lateral-direita.

Thoni é mais ofensivo que Vágner e por isso será testado. Na semana passada, ele fez um bom jogo-treino contra o Império do Futebol. Mesmo assim, Paulo Campos preferiu utilizar Vágner, que tem características mais defensivas. "Espero ter essa chance, pois venho treinando muito", comentou o jogador, que já atuou pelo União Bandeirante, justamente o adversário de amanhã. Com o deslocamento de Edinho para a ala, Vicente sai do time e Wiliam terá nova oportunidade no meio-de-campo.

"Espero ter uma seqüência, pois só assim vou conseguir mostrar meu futebol", comentou o meia. Neste período de transição, é a primeira vez que Paulo Campos recorre ao 3-5-2 para iniciar uma partida. No ano passado, poucas vezes o treinador lançou mão desse esquema e sempre deixou clara sua preferência pelo 4-4-2. O curioso é que, para tentar arrumar o ataque – dando maior volume de jogo ao tricolor -, Paulo Campos precisou mexer na zaga. Há ainda uma dúvida: o goleiro Flávio se recupera de uma lesão no polegar esquerdo e se for vetado, dará lugar a Darci. A definição da equipe ocorre no treino desta tarde.

Filho de Júnior chega para testes no Tricolor

Depois do caçula de Zico – há três semanas no Coritiba -, o Paraná vai apostar no filho de outro craque flamenguista. O garoto Rodrigo, filho do lateral-esquerdo Júnior, começou a treinar ontem no Tricolor. Foi uma indicação do técnico Paulo Campos, que procurou não vincular a vinda do atleta aos seus laços familiares. "Não quero que ele dê entrevistas, por enquanto", avisou.

O objetivo do treinador é não rotular Rodrigo. "Ele é um bom jogador e está vindo por sua qualidade técnica", justificou. Sabe, é claro, que será inevitável a comparação. Mas, pretende que esse julgamento ocorra na seqüência de treinamentos. "Ele poderá ser observado nos trabalhos. Quero que os comentários sejam baseados na sua capacidade técnica e não pelo fato de ser filho de um dos grandes jogadores do futebol brasileiro."

Rodrigo tem 20 anos e atua como segundo volante. Começou nas categorias de base do Flamengo e atualmente estava no Madureira. O jogador vem, inicialmente, para um período de testes. "O Paraná está sempre aberto a bons jogadores e, diante do nosso orçamento, é preciso investir em jovens valores. As referências do Rodrigo são muito boas e, após essa fase de observações, iremos definir o contrato com o atleta", explicou o vice José Domingos.

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