Dilma diz que brasileiros ‘podem ter orgulho’ da Copa

A presidente Dilma Rousseff participou nesta quarta-feira, em Salvador, da última grande inauguração de obras antes do início da Copa do Mundo. Após 14 anos de construção – e mais de R$ 1 bilhão investidos -, entrou em funcionamento o primeiro trecho do metrô da capital baiana. A linha, de pouco mais de seis quilômetros, liga o principal entroncamento rodoviário da cidade, a Rótula do Abacaxi, com a Estação de Transbordo da Lapa, passando na frente da Fonte Nova, estádio que receberá os jogos do Mundial. Até 14 de setembro, o equipamento vai estar em operação assistida, do meio-dia às 16 horas, gratuitamente.

A data de inauguração não foi escolhida ao acaso. “Assim que as obras foram retomadas (no início do ano), cravamos a data de 11 de junho, para entregar antes do início da Copa”, admitiu o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT). No evento de inauguração, Dilma também associou o início das operações ao Mundial, mas fez uma ressalva: “A obra é para o Brasil, e, neste mês, será usada também para a Copa, porque somos um país que sabe receber”.

Dilma andou na cabine de comando de uma das composições do metrô por parte da linha. Foi recebida por integrantes do Olodum em uma das estações e voltou para a Estação Acesso Norte, onde foi realizada a solenidade. No retorno, disse que o governo federal não vai tolerar atos de violência e vandalismo durante a Copa.

“Somos um país democrático, respeitamos o direito das pessoas de se manifestar, no entanto não teremos a menor contemplação com quem achar que pode praticar atos de vandalismo ou atingir o direito da maioria de assistir e desfrutar e usufruir de sua Copa do Mundo”, afirmou a presidente. “Temos um sistema quase perfeito, porque nada humano é perfeito, para garantir a segurança de todos que vierem nos visitar e dos brasileiros.”

Dilma também disse que os brasileiros “podem ter orgulho” pela realização do Mundial no País. “Estamos entregando todos os estádios, todos os aeroportos e nossa rede de comunicações é das mais modernas do mundo nas cidades-sede”, afirmou. “Mas ninguém leva metrô dentro da mala quando volta para o seu país, não bota na mala o aeroporto, a Fonte Nova, ele leva no coração ser bem recebido.”

A presidente também comentou sobre os custos das obras para a Copa e as denúncias de superfaturamento e desvios de verbas. “Isso é a tentativa de politizar uma coisa que não deve ser politizada”, disse. “Se houver algum gasto indevido, incorreto, superfaturado, quem fez o gasto vai pagar, porque toda a fiscalização do governo federal atuará nesse caso.”