Diego Souza vai ser atacante este ano. E não é só porque a diretoria do Palmeiras tem encontrado dificuldades para trazer reforços para essa posição, mas porque o técnico Vanderlei Luxemburgo está convencido de que, no time veloz que deseja montar, o setor de meio-de-campo precisa ser formado por jogadores leves. E o “parrudo” Diego, de 1,86 metro e 89 quilos, rende mais quando atua solto, próximo da área, na opinião do treinador.
A estratégia começou a ser ensaiada no fim do ano passado, quando Alex Mineiro caiu de produção e foi parar no banco de reservas. Luxemburgo, então, adiantou Diego Souza e deu a Kléber a função de sair para buscar jogo. Marquinhos, Willans, Cleiton Xavier, Evandro, Lenny e o próprio Kléber (se o Dínamo de Kiev liberar) poderiam ser os velozes “ajudantes” de Diego Souza, reconhecidamente um bom finalizador.
O primeiro teste será o jogo-treino com o Rio Claro, quarta-feira, em Atibaia, onde o Palmeiras faz a pré-temporada. O time-base, pelo menos por enquanto, deve ser o seguinte: Marcos; Wendel, Danilo, Maurício Ramos e Armero; Pierre, Sandro Silva, Willans e Cleiton Xavier; Diego Souza e Lenny.
“Em janeiro do ano passado, quando cheguei ao Palmeiras, não participei da pré-temporada com o restante do grupo. Fiquei muito tempo esperando um desfecho nas negociações. Dessa vez, tenho treinado forte e me preparando ao máximo para iniciar bem o Paulistão”, diz Diego Souza, contratado do Benfica pela Traffic pelo equivalente a R$ 10 milhões na época.
Surpreendentemente, ele acabou sendo eleito o melhor meia do Campeonato Brasileiro, apesar da cobrança da torcida e dele mesmo. “Reconheço que poderia ter ido melhor. Achei meu ano regular. Alternei altos e baixos. Mas não tenho medo de encarar novos desafios. Quero ter responsabilidade, pois me sinto preparado para voos maiores”.
