Diego marca aos 47? e estraga festa inglesa

Londres – Diego roubou a festa dos ingleses na noite quente de ontem, em Londres. Fez o gol do Brasil que definiu o empate por 1 a 1 contra a Inglaterra, no último minuto do amistoso de inauguração oficial de Wembley. Deu dó ver a multidão de boca aberta sem acreditar que a vitória, tão esperada desde 1990, havia escapado por um descuido. Quando a bola entrou na rede de Robinson, o imponente Wembley murchou.

No primeiro tempo, a seleção brasileira provocou mais silêncio do que euforia na torcida em Wembley.

Menos porque o Brasil impunha um futebol digno de sua tradição, mais pelo talento de Ronaldinho Gaúcho e Kaká, assessorados por Robinho.

Os três chegavam fácil à zona de gol, criavam boas situações, mas erravam nas finalizações.

Lá atrás, a defesa se virava bem. O estreante Naldo parecia tranqüilo. O único problema estava no setor direito. Daniel Alves e Mineiro não tinham sintonia, marcavam mal e saíam para o ataque sem confiança.

Inversão de papéis

No segundo tempo, os papéis foram invertidos.

Os ingleses criaram coragem, partiram para cima e devolveram a euforia aos milhares de torcedores.

E aos 24 minutos, Beckham, enfim, acertou na medida a cobrança de falta no setor direito. A bola viajou até do outro lado da área brasileira e caiu exatamente na cabeça de Terry. Naldo, de 1,98 metro de altura, o mais alto jogador da história da seleção brasileira, não alcançou a bola. Terry espetou de cabeça e guardou na rede de Hélton: Inglaterra 1 a 0.

Terry, o zagueiro, fez o gol histórico, o primeiro do novo Wembley. O estádio se inflou. Derrota à vista, Dunga começou a trocar as peças: Kaká por Afonso, Edmílson por Daniel Alves, Maicon por Mineiro e Robinho por Diego.

De repente, quando a festa parecia líquida e certa, Gilberto Silva, do Arsenal, o mais inglês dos brasileiros, levantou a bola na área de Robinson.

O pequeno Diego apareceu do nada entre os grandalhões europeus, se abaixou e, de cabeça, fez o gol de empate.

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