Dia das Mães. Dia de Ilan, o artilheiro da temporada

Com os dois gols marcados contra o Juventude, o atacante Ilan assumiu a condição de principal artilheiro paranaense em 2003 e ajudou o Atlético a subir na classificação do campeonato brasileiro. Até aqui, o artilheiro rubro-negro chegou a 12 gols marcados no paranaense, Copa do Brasil e Brasileirão, um a mais que o coxa-branca Marcel. Uma marca de um jogador que vem crescendo de produção, conquistando o torcedor do Furacão e satisfazendo uma torcedora especial: sua mãe. Assim como em 1999, ainda pelo Paraná Clube (quando marcou três num só jogo), o atacante deixou sua marca também no dia dedicado às mães.

“Foi coincidência. Era um jogo em que eu apareci e que foi muito importante para a minha carreira. Ela até brincou com isso, como eu não apareço muito aos domingos, acabo fazendo gols em homenagem a ela”, revelou ontem à Tribuna o jogador. Naquele ano, ele estava no Tricolor da Vila e marcou três vezes na mesma partida e contra o Coritiba. Uma festa pelos 6 a 1 contra o arquirrival daquela época e de agora, quando defende as cores rubro-negras. A homenageada, como sempre, é dona Sara, que dividiu os gols contra o Juventude com o goleiro Diego (que fazia aniversário) e com dona Bernardete. “Ela é mãe de um amigo meu, que estava passando por um momento difícil”, disse.

Homenagens à parte, o que o atacante tem mais a comemorar é o crescimento de produção no clube. Após a saída de Kléber e Alex Mineiro, Ilan se tornou (ao lado de Dagoberto) uma das peças chaves do Atlético na busca dos gols. Uma renovação no ataque que deixou a torcida desconfiada e até irritada com a instabilidade do início do ano. “Isso é normal. A torcida é bem passional e eu procuro entender o que se passa na cabeça do torcedor”, analisou.

Agora, no entanto, a situação é diferente. Com os gols marcados contra o Juventude, Ilan começa a receber tratamento de ídolo da arquibancada e já projeta um futuro promissor para o time. “O time começou a engrenar e o importante agora é somar pontos e não se distanciar dos líderes”, apontou. Para ele, dentro de pouco tempo, esse grupo deverá dar grandes alegrias ao torcedor. “Daqui a seis meses, um ano, este time vai estar voando. Mas, vamos trabalhar para tentar encurtar esse tempo.” Confiança para isso ele tem de sobra. Numa comparação com a equipe campeã em 2001, Ilan (que também estava lá) aposta que o atual elenco pode ir além. “O nosso elenco é jovem, mas é experiente. Quem chegou já vem rodado e isso vai ajudar bastante a gente”, apostou. Se mantiver a fase, Ilan estará brigando por um posto que nos últimos três anos foi de seu ex-companheiro Kléber, artilheiro paranaense em 2000, 2001 e 2002.

Por enquanto, só Alessandro fora

O atacante Ilan, do Atlético, é a única dúvida do técnico Osvaldo Alvarez para a partida de domingo, contra o Internacional, em Porto Alegre. O jogador sofreu uma fisgada na partida contra o Juventude e foi obrigado a sair de campo ainda no intervalo. Hoje, no retorno aos trabalhos no CT do Caju, o artilheiro será melhor avaliado pelo departamento médico do clube. Após a partida, o chefe do DM rubro-negro, Edílson Thiele, disse que a lesão não era grave, mas que o jogador tinha sido tirado da partida para evitar uma complicação maior.

Com a confirmação de Ilan no ataque, a única alteração da equipe para pegar os gaúchos será na lateral-direita. O titular da posição, Alessandro, tomou o terceiro cartão amarelo e cumprirá suspensão automática. Em seu lugar, Vadão já confirmou a presença de David, que entrou contra o Juventude para já ir se ambientando. Dessa vez, sem grandes mudanças, o treinador já começa a trabalhar o time para a partida de domingo.

Ao contrário das rodadas anteriores, o treinador já definiu o time e nem vai mexer no esquema tático. “O time foi bem, jogou com inteligência e está encontrando o ponto de equilíbrio que todos nós buscamos”, apontou o treinador. Segundo ele, essa evolução está melhorando, mas a soma dos pontos é o mais importante nesse momento. “Precisávamos da vitória e os três pontos vão dar a tranqüilidade para o time poder jogar o seu melhor futebol”, destacou.

Time B

O “Ventania” foi até Marechal Cândido Rondon e se deu mal. O time comandado pelos auxiliares técnicos de Osvaldo Alvarez, Júlio Piza e Flávio Mendes perdeu para o Marechal por 2 a 1. O gol atleticano foi anotado por Lê.

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