Derrota provoca mudanças no Atlético

O técnico Osvaldo Alvarez, do Atlético, já anunciou que do jeito que está o time não vai continuar. Ele não quis adiantar quais as posições em que irá mexer nem se o sistema 3-5-2 será mantido, mas não quer ser eliminado também da Copa do Brasil com mais um vexame.

O primeiro passo foi esquecer as reclamações sobre a arbitragem da partida de quarta-feira e partir para a auto-análise. Comissão técnica e jogadores reconheceram que os erros foram excessivos e que não podem mais acontecer, sob pena de novos fiascos e mais uma campanha ruim no Brasileirão.

Um dos mais criticados pela torcida foi o goleiro Diego. Além de vaiado, acabou tendo que ouvir gritos de “Flávio, Flávio”, numa clara referência ao ex-arqueiro atleticano. Mesmo assim, manteve o equilíbrio e não fugiu dos microfones. “Eu errei. Eu sou um ser humano e reconheço os meus erros. Mas, não tiro os méritos do jogador deles que cobrou bem a falta. Agora, temos que tirar uma grande lição e fazer melhor lá em Recife”, analisou.

Reforços

Mas, nem só de mea culpa virou o pós-catástrofe na Copa do Brasil. O técnico Osvaldo Alvarez deixou a timidez com que tratava do assunto e falou abertamente da necessidade de novas contratações. O treinador atleticano revelou que a posição prioritária é para o comando do ataque. Um centroavante, que fique como referência na área do adversário é o que Vadão precisa para ontem. Esse homem poderá ser o húngaro Roland Tüske. Ontem, a CBF registrou o jogador e garantiu a escalação do atacante já na partida contra o Sport.

Mesmo assim, os dirigentes continuam correndo atrás de mais gente para o Brasileirão. Nos bastidores, o nome mais forte para ser apresentado nos próximos dias é o do zagueiro Cléber (ex-Palmeiras e que está no Figueirense). O jogador ainda não assinou contrato com a equipe catarinense e poderia acertar com o Atlético para se transformar no xerifão que o clube precisa.

Contas para o jogo de volta

Não será nada fácil a missão do Atlético na partida de volta da segunda fase da Copa do Brasil. Diante do Sport, o Rubro-Negro terá que quebrar um tabu em pleno estádio do adversário. Jogando contra o Leão do Norte, na Ilha do Retiro, o Furacão nunca passou de um empate. Agora, além de ganhar, tem que fazer contas para saber se precisará de dois ou apenas um gol de diferença para ir à terceira fase.

Para se classificar, o Atlético precisa vencer por dois gols de diferença (por exemplo: 2 a 0 ou 3 a 1), por 3 a 2 (nesse caso a decisão do classificado iria para os pênaltis) ou por apenas um gol de diferença desde que marque quatro ou mais gols (por exemplo: 4 a 3, 5 a 4, etc.). Qualquer empate ou vitória do Sport acaba com o sonho do título e de mais uma vaga na Libertadores do ano que vem.

O problema é que as estatísticas conspiram contra o time da Baixada. Na história dos confrontos de Furacão x Sport, o equilíbrio marca todos os quesitos. Entre campeonatos brasileiros e Copa do Brasil, as duas equipes se enfrentaram 17 vezes. Foram cinco vitórias para cada um (mais sete empates) e 24 gols anotados por cada agremiação. Na última vez que o Rubro-Negro esteve na Ilha, apanhou por 4 a 1 na Copa João Havelange.

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