Derrota não altera a boa posição do Paraná Clube

A derrota para o Cruzeiro não trouxe grandes prejuízos ao Paraná Clube. Como seus principais concorrentes à uma vaga na Copa Sul-Americana também se deram mal na rodada – à exceção de Figueirense e Corinthians – a posição do clube permaneceu inalterada.

Em 10.º lugar, o Tricolor parte agora para uma seqüência de dois jogos fora de casa, tentando carimbar de vez sua presença na competição continental.

Matematicamente, a vaga estaria assegurada com duas vitórias. Os clubes que ainda podem chegar aos 67 pontos levam desvantagem em relação ao Paraná no número de vitórias e no saldo de gols, os dois primeiros primeiros critérios de desempate. Além disso, esses times (Guarani e Corinthians) teriam que vencer todos os seus jogos para atingir essa marca.

Há ainda alguns confrontos diretos, o que permite ao Tricolor sonhar com a classificação até com uma vitória apenas, nas três rodadas finais. O Paraná joga fora contra Fortaleza e Corinthians, encerrando sua participação no campeonato brasileiro em casa, diante do Vitória. O futebol apresentado pelo time -mesmo na derrota para o líder Cruzeiro (3×1) – garante o ambiente de tranqüilidade para dirigentes, integrantes da comissão técnica e jogadores.

Com mais uma vitória, o Paraná chegaria aos 64 pontos (com 18 vitórias), ficando muito próximo da vaga. Mas, neste caso, ainda estaria na dependência de outros resultados. Uma torcida “facilitada” por cruzamentos como Atlético-PR x Guarani, Goiás x Figueirense, Figueirense x Guarani e o próprio jogo do Paraná, em São Paulo, frente ao Corinthians. Vencendo este jogo, o Tricolor já não seria alcançado pelo Timão, livrando-se de um adversário direto.

Para 64 ser o “número mágico” do Paraná, ele não pode ser superado por dois, dos cinco clubes que estão “na sua cola” na classificação do Brasileirão. Os concorrentes são Guarani, Corinthians, Figueirense, Criciúma e Atlético-PR. Todos têm pela frente times ameaçados pelo rebaixamento, concorrentes diretos ou equipes que ainda lutam pela Libertadores. “Vai ser uma batalha atrás da outra, mas levamos uma certa vantagem pela campanha que fizemos até aqui”, lembrou o técnico Saulo de Freitas. “O importante é não deixar tudo para a última rodada”.

Lesão de Pierre não é tão grave

A lesão de Pierre não foi tão séria como se imaginava. O volante deixou o campo aos 19 minutos do segundo tempo, no último domingo, com uma contusão no joelho esquerdo. O exame de vestiário já tranqüilizou jogador e departamento médico. “Pelo exame clínico, vimos que os ligamentos não foram afetados”, comentou o médico Júnio Chequim.

Pierre sofreu uma torção no joelho em um choque com o goleiro Flávio. O local não inchou e ontem ele se submeteu a uma ressonância magnética. “Vamos aguardar o resultado para saber se os meniscos não foram afetados, mas pelo exame clínico é até possível que ele esteja recuperado para o jogo do fim de semana”, avisou Chequim.

O volante tem sido um dos jogadores mais regulares do time ao longo do Brasileirão. Com sua possível recuperação, Saulo de Freitas não será obrigado a mexer no time, podendo repetir a escalação do time-base, pois não há nenhum jogador suspenso. Fora de casa e devendo explorar os contragolpes, o Paraná só não pode recorrer nos erros de finalização do jogo frente ao Cruzeiro.

Renaldo era um dos mais inconformados, ao final do jogo, com as chances desperdiçadas. “Não estava num dia legal. Pena, pois poderíamos ter obtido um resultado expressivo e eu poderia ter encostado na ponta da artilharia”, disse. Renaldo segue com os 27 gols, dois atrás de Dimba e Luís Fabiano. O Tricolor segue com o terceiro melhor ataque da competição, com 79 gols, mas o São Paulo encostou (77).

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