Derrota evidenciou a falta de um matador no Furacão

A derrota por 1×0 para o Palmeiras, anteontem, no Pacaembu, pela Copa do Brasil, evidenciou a escassez de um matador no elenco do Atlético. Coincidência ou não, o ataque atleticano sob o comando do técnico Vagner Mancini caiu de produção e hoje é uma das principais preocupações do treinador para a sequência do Furacão no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil. Sob o comando do ex-técnico Ricardo Drubscky, o setor ofensivo registrou média de 2,44 gols marcados por jogo, contra o retrospecto de 1,45 tentos anotados por partida com o atual treinador do Rubro-Negro.

Para Vagner Mancini, a falta de um legítimo camisa 9 tem contribuído para a queda de rendimento do setor ofensivo. “Dependemos muito dos atacantes, que são de velocidade. Então, se você tem um atacante de área, que joga mais dentro da área, você tem mais chances de conclusão. Contra o Palmeiras, fomos infelizes nas finalizações e se tivesse alguém ali dentro talvez a sorte seria outra.”, resumiu o comandante.

Porém, com os mesmos jogadores, o ex-técnico atleticano, Ricardo Drubscky, conseguiu fazer do ataque rubro-negro um dos mais eficientes do futebol brasileiro. Nos nove jogos em que comandou o Atlético, o time marcou 22 vezes e registrou a média de 2,44 gols marcados por jogo. Nestes jogos, sendo seis pelo Campeonato Brasileiro e outros três pela Copa do Brasil, a equipe atleticana não havia passado em branco nenhuma vez.

Com o técnico Vagner Mancini, ao ponto em que o sistema defensivo melhorou consideravelmente e teve a queda de gols sofridos de 1,66 para 0,90 por jogo, o ataque não se mostrou tão eficiente. Das 11 partidas sob seu comando, o ataque passou em branco em duas oportunidades e balançou as redes adversárias somente 16 vezes, uma média de 1,45 gols anotados por partida.

Talvez a preferência por um atacante de área justifique a escolha de Vagner Mancini pela utilização de Dellatorre ao invés de Éderson, que é o artilheiro do Furacão no Campeonato Brasileiro com sete gols. Assim, ajustar o ataque é a principal missão que o treinador tem. Domingo, na Vila Capanema, o Furacão tem pela frente o Botafogo, que é nada menos que o líder do Campeonato Brasileiro, e o Rubro-Negro vai tentar provar a boa fase que vive na competição nacional e, de quebra, entrar pela primeira vez no G4.