Depois de 39 jogos, Tricolor não tem um “homem-gol”

O Paraná Clube já disputou nesta temporada entre Copa do Brasil, Segundona Paranaense e Série B 39 jogos. Nesta sequência, o técnico Ricardinho utilizou nada menos do que onze jogadores (um time inteiro) no seu ataque. Mesmo assim, a falta de contundência em determinados jogos segue sendo a grande preocupação pelos lados da Vila Capanema. Um quadro que joga uma série de interrogações no ar e já faz a diretoria se movimentar na busca por uma nova opção ofensiva.

No geral, a conclusão parece simples: o Paraná padece da falta de um “homem gol”. Ricardinho deu chance a todos e até mesmo foi buscar em improvisações com direito a mudança de função de alguns atletas a solução pontual para a carência de gols. No jogo mais recente (a derrota para o ABC, em Natal), o volume de chances desperdiçadas fez com que o tema e as interrogações ganhassem força nos bastidores do clube. Afinal, sem gols não há vitória e o Tricolor precisa de um volume grande de triunfos para sonhar com o acesso.

Em Natal, Ricardinho fez uma mudança radical, tirando Arthur e Wendel para as entradas de Geraldo e Nilson, que haviam entrado bem na jornada anterior. Mas, e agora? Qual será a solução? Há quem já aposte numa nova oportunidade para Wellington Silva. Mesmo sem ter prestígio junto à torcida, ele tem a melhor média dentre os atacantes: 7 gols em 11 jogos. Arthur, por exemplo, tem os mesmos 7 gols, mas em 21 participações. “Uma coisa é certa: vamos arrumar isso aí”, avisa Ricardinho, visivelmente chateado com a forma como o Paraná perdeu pontos nas últimas rodadas (empate com Avaí e derrota para ABC).

Internamente, os jogadores sabem que a solução está exclusivamente em seus pés. Afinal, o Tricolor vem conseguindo jogar bem e criar oportunidades. “Tem sido assim. A gente chega, mas não define de forma correta”, destacou o armador Lúcio Flávio. Nos últimos jogos, nem mesmo a bola parada tem funcionado. Como reflexo disso, o clube “estagnou” na zona intermediária da tabela de classificação e rodada a rodada vai vendo a distância para o G4 ser perigosamente ampliada. O grupo tem quatro jogos para colocar “o pé na forma”. Mesmo período de que dispõe Ricardinho para definir um ataque titular e dar um basta nas constantes alterações.