Stuttgart – A Espanha penou, mas está nas oitavas-de-final da Copa, com uma rodada de antecedência. Ontem, em Stuttgart, teve de suar para vencer a Tunísia, de virada, por 3 a 1. Com seis pontos, só precisa de um empate na última rodada, contra a Arábia Saudita, para garantir o 1.º lugar do Grupo H. Tunísia e Ucrânia decidem a outra vaga.
Embalados pela goleada da estréia, os espanhóis começaram cheios de disposição para ?matar? o jogo. Mas aos 8?, para aumentar a dramaticidade, aconteceu o improvável: a Tunísia saiu na frente, com Mnari.
Os espanhóis ficaram nervosos com o gol. A bola começou a queimar no pé dos jogadores, que não conseguiam trocar mais de três passes certos. A empolgação deu lugar à afobação, e a Tunísia se fechou atrás.
O técnico espanhol Luis Aragonés voltou do intervalo determinado a virar a partida. Sacou um meia e um volante (Luis Garcia e Marcos Senna) e colocou um atacante e um meia de mais chegada (Raúl e Fabregas). Esperou mais dez minutos e mexeu novamente: Joaquin no lugar de Villa.
O time ganhava consistência e sufocava a Tunísia.
O desafogo veio finalmente aos 26?. Fabregas bateu rasteiro, Boumnijel rebateu e Raúl empatou. Os africanos ainda tentaram se levantar depois do duro golpe. Quando pensavam que seria possível sair para o ataque, sofreram outro castigo. Fabregas lançou Fernando Torres, que aproveitou a indecisão do goleiro e virou o placar: 2 a 1.
Torres seguiu infernizando. Aos 43? perdeu uma chance cara a cara com Boumnijel. Dois minutos depois, foi agarrado dentro da área e Simon marcou pênalti. Torres cobrou, fez seu terceiro gol na Copa e confirmou a Espanha nas oitavas.
Renascida
Vítima da segunda maior goleada na Copa do Mundo da Alemanha até esta segunda-feira, a Ucrânia se redimiu ao bater, sem dificuldades, a Arábia Saudita por 4 a 0, no Estádio AOL Arena, em Hamburgo. Os ucranianos seguem com chances de se classificar às oitavas-de-final.
Com o resultado, a seleção do leste europeu, que foi superada pela Espanha pelo mesmo placar na estréia, assumiu provisoriamente a segunda colocação do Grupo H, com três pontos. Já os árabes, comandados pelo brasileiro Marcos Paquetá, amargam a lanterna da chave e ficaram mais longe da vaga.
Tanto Arábia quanto Tunísia têm chances, mas remotas.