O nadador paralímpico Daniel Dias conquistou na noite desta segunda-feira, em cerimônia realizada no Theatro Municipal do Rio, o seu segundo prêmio Laureus, considerado o Oscar do esporte. O maior medalhista brasileiro na história da Paralimpíada já havia sido o vencedor da categoria de melhor Atleta com Deficiência em 2009, logo após conquistar nove medalhas nos Jogos de Pequim, em 2008.

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Dessa vez, nos Jogos de Londres, no ano passado, Daniel Dias conquistou seis medalhas de ouro nas seis provas que disputou, todas com recorde mundial. Assim, ele venceu a eleição desta segunda-feira, que contou com votos dos 46 membros da Academia Laureus, formada por grandes nomes da história do esporte. Na categoria de Atleta com Deficiência, também concorria o brasileiro Alan Fonteles, do atletismo.

Outro brasileiro que concorria nesta edição do Laureus era o atacante santista Neymar, que compareceu à cerimônia no Rio, mas viu o prêmio de Revelação do Ano ir para as mãos do tenista britânico Andy Murray, que em 2012 conquistou seu primeiro torneio do Grand Slam, o US Open, e também as medalhas de ouro (simples) e de prata (duplas mistas), diante da sua torcida, nos Jogos Olímpicos de Londres.

O jamaicano Usain Bolt foi o grande destaque da premiação, apresentada pelo ator norte-americano Morgan Freeman, após conquistar pela terceira vez o prêmio Laureus de Atleta Masculino do Ano. Nos Jogos de Londres, repetindo o resultado de quatro anos antes em Pequim, o velocista ganhou medalhas de ouro em todas as provas que disputou: 100 metros, 200 metros e o revezamento 4×100 metros.

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Bolt não participou da cerimônia de entrega do prêmio, que aconteceu pela primeira vez no Rio. Ele concorria com grandes nomes do esporte: o piloto alemão Sebastian Vettel, o jogador argentino Lionel Messi, o nadador norte-americano Michael Phelps, o ciclista britânico Bradley Wiggins e o fundista britânico Mo Farah. E acabou sendo o vencedor do Laureus, repetindo os feitos de 2009 e 2010.

Phelps, maior medalhista da história dos Jogos Olímpicos, não conseguiu ganhar como Atleta Masculino do Ano. Mas, para o agora aposentado nadador de 27 anos, foi criado o prêmio de Conquista Excepcional, pelos feitos da carreira. Assim, duas lendas da Olimpíada, Bolt e Phelps, puderam ser homenageadas na mesma premiação (embora somente o norte-americano tenha comparecido à cerimônia no Rio).

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A britânica Jessica Ennis venceu o prêmio de Atleta Feminina do Ano – competindo em casa na Olimpíada, ela levou a medalha de ouro no heptatlo. O australiano Felix Baumgartner foi escolhido o Atleta de Esportes Radicais do Ano, depois de ter se tornado em 2012 o primeiro humano a quebrar a barreira do som ao fazer o salto em queda livre de 39 quilômetros nos Estados Unidos. O dominicano Felix Sanchez ganhou como Retorno do Ano, por ter conquistado o título olímpico em Londres, na prova dos 400 metros com barreiras, oito anos depois de seu primeiro ouro, em Atenas/2004. E a seleção europeia de golfe, que faturou a tradicional Ryder Cup, foi eleita a Equipe do Ano.