Da Lupa confia na permanência da Lusa na Série A

A poucas horas do início do julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o presidente da Portuguesa, Manuel da Lupa, mostrou confiança na permanência do clube na primeira divisão do futebol brasileiro. O dirigente aposta no argumento do “BID da suspensão” para livrar o time paulista da queda no julgamento do Pleno do STJD, nesta sexta-feira.

“Realmente a Portuguesa tem a melhor perspectiva, até porque no último julgamento os auditores trouxeram o voto pronto. Nem analisaram o BID da CBF. Agora já passou um tempo, todo mundo pôde analisar melhor o caso”, afirmou Da Lupa, em entrevista ao Sportv.

O “BID da Suspensão” é um sistema organizado pela CBF e que dá acesso somente à entidade e aos clubes. Ele informa sobre suspensões de jogadores, o que alertaria os times para evitar escalações irregulares. Segundo a Portuguesa, o sistema informava que o meia Héverton, pivô da punição que pode rebaixar o time, tinha condições de jogo e estava livre para entrar em campo na última rodada do Brasileirão.

De acordo com a decisão do primeiro julgamento do STJD, Héverton não tinha condições de jogo porque deveria cumprir o segundo jogo de suspensão na rodada final do campeonato. Como o jogador acabou entrando em campo nos minutos finais da partida contra o Grêmio, a Portuguesa foi punida com a perda de quatro pontos, o que causa sua queda à Série B e evita o rebaixamento do Fluminense.

Da Lupa também aposta na mudança dos auditores em relação ao julgamento em primeira instância. “Sempre temos esperança porque as pessoas que vão julgar são outras. A gente tem bastante fé que eles vão analisar o processo com base no Direito, e não exclusivamente com base em um artigo. Assim, nem precisa de tribunal, quando o tribunal julga, tem que analisar o Direito, as lacunas, o Código Civil”.

De acordo com o presidente, a defesa da Portuguesa vai citar o Estatuto do Torcedor. Criado por lei federal, o Estatuto prega que punições e suspensões a jogadores devem ser divulgadas publicamente pela CBF antes das partidas como forma de manter o torcedor bem informado sobre o evento que pretende assistir.

Para defender este ponto, Da Lupa cita o jurista Ives Gandra Martins, que teria dado apoio à demanda do clube. “O Ives Gandra Martins acha que a Portuguesa não tem que se preocupar. Ele diz que ninguém pode ser maior que a Constituição Federal em um país. Nem Fifa, nem CBF é maior que a Constituição. Temos a esperança de ter um julgamento diferente”, afirmou o dirigente.

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