Curitibano estréia com o pé direito no Sertões 2003

O piloto de Curitiba, Lincoln Berrocal, 44 anos, se deu bem em sua primeira participação no Rali dos Sertões. Ontem, no prólogo, ele foi o mais rápido na categoria Prodution, e o quinto entre as motos que estão disputando a versão 2003 do desafio. Berrocal estava vibrando após a disputa do prólogo, disputado numa área próxima ao estacionamento do Shopping Flamboyant, em Goiânia (GO). “Eu fui muito bem. Deixei para trás pilotos experientes”, contou o curitibano. Lincoln larga em primeiro hoje, entre as motos da sua categoria, para a primeira etapa do Rali. No geral, ele também não esperava um resultado tão bom. Ele só perdeu para os favoritos e foi o melhor paranaense na tomada de tempos.

A tomada de tempos no prólogo foi feita num circuito fechado de aproximadamente 2,5 mil metros e definiu a ordem de largada para hoje, o primeiro dia de prova. Os campeões do ano passado foram os primeiros a entrar na pista, construída especialmente para o Sertões. Lincoln vai disputar a categoria motos junto com outros 88 pilotos do Brasil. Ele é o único representante de Curitiba no Rali dos Sertões.

Lincoln parte para o desafio com uma experiência de quase trinta anos. A paixão por duas rodas foi crescendo com o passar dos anos. Aos 14 anos, Berrocal comprou sua primeira moto e nunca mais parou de competir. Em casa, guarda cerca de 400 troféus. “Comecei no asfalto. Fui primeiro lugar em quase todas as modalidades que disputei”, conta.

Atualmente o piloto é o líder do Campeonato Paranaense de Velocross. Lincoln está correndo o Sertões com uma KTM, de 520cc, a mesma usada por Jean Azevedo, tetracampeão da competição. “Eu corri bem no Terra Brasil e cheguei perto dos líderes. Estou otimista, apesar de não ter experiência no Sertões”, diz ele.

Ainda sem patrocínio, o piloto sonha em conseguir uma boa colocação para assim conseguir apoio e participar do Rali Paris Dakar, o principal do mundo.

Os Rali Internacional dos Sertões deste ano terá nove etapas e passará pelos estados de Goiás, Tocantins e Maranhão, somando 3.825 quilômetros. Os competidores vão enfrentar trechos com vários tipos de terrenos, desde pedras, areia, duna, estradas de terra e erosões até a chegada à Praia do Calhau, em São Luís.

Paranaenses

Sete paranaenses viajaram para competir entre as motos. De Maringá, Alexandre Pisnel, Mário Souza, Alexandre Romagnoli, Guilherme Ribeiro, André Ribeiro e André Buzzo. De Londrina, Elias Folly e, de Cascavel, Elvis Bittencourt. Na categoria Carros, serão três duplas de Curitiba: Maurício Neves e Emerson Cavassin, Felipe Bibas e Luís Carlos Palu, Mílton Blaesi e Roberto Peres. No total, quinze pilotos do Paraná vão estar participando da 11.ª edição do Rali dos Sertões.

Categoria Expedition disputa um rali paralelo

AE

Os pilotos da categoria Expedition disputam um rali paralelo. Com largada em Goiânia e chegada em São Luís (MA), num percurso diferente, chegam a percorrer 5 mil quilômetros de beleza dos sertões brasileiros. Além disso, a prova não é de velocidade e sim, regularidade. Os pilotos e navegadores recebem uma planilha com distâncias e tempos de cada trecho. Os que mais se aproximarem dessas marcas, sem serem penalizados, são os campeões. Montado em 2000 pelo médico Eduardo Gualberto, faz parte da organização do Rally Internacional dos Sertões desde 1995. “Nesses três anos de evento, a categoria Expedition vem dobrando seus números a cada ano que passa.

Tivemos até que encerrar as inscrições antecipadamente pois a quantidade de interessados foi muito grande”, afirmou Eduardo.

Dos 33 inscritos, uma dupla que mostrou muito empenho é de Waldemar Niclevcz e seu navegador, Irivan Burda, que estão com um supercaminhão da Volkswagen titulado por Andino, um caminhão 15180, 4×4, todo preparado para provas of road. “Esse caminhão foi feito de acordo com nossas necessidades para uma expedição que faremos, por três anos, em toda a Cordilheira dos Andes”, afirmou Waldemar. “É o nosso primeiro rally juntos e vamos nos destacar; podemos até não sermos campeões, mas marcaremos nossos nomes nessa edição do evento”, contou Irivan, engenheiro e navegador da Equipe Mundo Andino.

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