Cafu está cada vez mais perto do Santos. Na primeira vez em que se falou no nome do pentacampeão no CT Rei Pelé, o ex-técnico Emerson Leão não se mostrou interessado. O mesmo aconteceu inicialmente com Cuca, alegando que por ser um jogador que retorna do exterior só poderia ser utilizado depois de 1.° de agosto. Mas, ao saber que é possível conseguir autorização da Justiça do Trabalho para que ele atue antes, o técnico mudou de opinião.
"Cafu é um sonho mais que real. Conversei com ele por telefone e se depender de mim, se apresenta na hora em que quiser. E se vier, será uma maravilha", disse o técnico, após o empate por 1 a 1 com o Fluminense, na quinta-feira, no Maracanã.
No começo da semana, o presidente santista, Marcelo Teixeira, afirmou que antes de discutir bases de contrato, é preciso saber da disposição de Cafu de continuar jogando. "Não podemos trazer alguém apenas pelo seu nome".
Agora, a informação é que o Santos espera apenas que Cafu decida se pretende ou não continuar jogando para apresentar sua proposta. Ele chegaria para ganhar perto do maior salário do clube – atualmente de R$ 320 mil mensais – e tanto poderá ser escalado na lateral direita como no meio-de-campo. Como o Santos é um time sem voz em campo, ele seria o líder que está faltando.
Enquanto sonha com Cafu, Cuca quer acabar com a síndrome do primeiro tempo sonolento do Santos. Primeiro foi na derrota por 1 a 0 contra o Vitória, em Salvador. O time jogava mal, sofreu o gol, teve que ser mudado na primeira etapa e depois de uma bronca no intervalo foi outro, chegando até a merecer a vitória. A história se repetiu diante do Fluminense, no Maracanã, o que deixou Cuca furioso.
"Outra vez a equipe começou a jogar só depois de tudo o que ouviu nos vestiários. Tive que mostrar aos jogadores que não estou no clube para receber três meses de salários e depois ir embora. Quero uma vaga na Libertadores", disse o treinador. "No primeiro tempo houve um momento que o jogo ficou ruim demais. Nem treino parecia. O Fluminense tinha o seu motivo, porque está com cabeça na decisão da Libertadores. E nós, onde estamos?".
O discurso também serve para os dirigentes que até o fim da tarde desta sexta davam como provável, mas não confirmavam, a conclusão das negociações para a troca por empréstimo até o fim do ano do lateral-esquerdo Carlinhos pelo lateral-direito Apodi, do Cruzeiro.
"Até agora, ninguém me falou nada e a palavra final é a minha. Sem ela, não tem negócio", ameaçou Carlinhos, no retorno da delegação do Rio de Janeiro, nesta sexta. O jogador santista é dono de 40% dos direitos federativos e fica sem contrato no dia 7 de agosto, quando poderá escolher para onde ir.
Dos seis pontos que disputou nos dois jogos fora de casa, Cuca ganhou apenas um, mas não esconde o otimismo, apostando que diante do Goiás, no dia 22, na Vila Belmiro, o time vai estar equilibrado e melhor preparado.
Na tarde desta sexta (13), os jogadores fizeram um treino regenerativo e foram dispensados. Neste sábado, às 15h30, vai começar a intertemporada. O elenco ficará concentrado no hotel Recanto dos Alvinegros e em alguns dias serão realizados três treinos. "Espero que pelo menos dois novos jogadores cheguem para fazer parte desse trabalho", disse Cuca.