Rodrigo Rodrigues deixa a semente da amizade. Precisamos regá-la

Um cara que parecia ser amigo de todo mundo, até de quem ele não conhecia. Esse era Rodrigo Rodrigues. Foto: Divulgação/Globo

Pensei se escreveria ou não sobre a trágica morte do Rodrigo Rodrigues, nesta terça-feira (28), por problemas cerebrais decorrentes da covid-19. Eu conversei com ele três ou quatro vezes, sempre no ar no SporTV, e mais duas ou três em redes sociais. Mas a forma devastadora da sua partida e a repercussão emocionante de todos me fazem vir aqui pra palavras breves.

Antes de mais nada: Rodrigo era um sujeito adorado pelos amigos, admirado pelos colegas, respeitado no mundo do futebol e da música. O público curtia aquele estilo despachado. Desde a ESPN, quando ele sorria no meio dos colegas mais sérios. E até o SporTV, quando ele aliviava o clima com o alto astral. Por isso sua morte atingiu em cheio todos os que o conheciam.

Mas Rodrigo, acima disso, era alguém que cultivava a amizade. E foi isso que permitiu que jornalistas de emissoras concorrentes, de empresas que brigam – inclusive na justiça, se unissem na dor e na homenagem. Não precisamos ser inimigos, mesmo que discordemos. O respeito e o carinho são mais fortes que o ódio. E é essa a semente que o RR deixa para nós nesta triste terça. Vamos regá-la, cultivá-la na melhor homenagem que ele e todos que perdemos nessa pandemia merecem.


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