Russos no Paraná Clube: é hoje o dia?

Leonardo Oliveira falará aos conselheiros do Paraná Clube sobre os investidores russos. Foto: Albari Rosa/Arquivo

O Paraná Clube conta os minutos para a reunião do Conselho Deliberativo marcada para a noite desta terça-feira (18). Afinal, é o encontro destinado exclusivamente para a discussão da proposta de parceria com investidores estrangeiros. A tendência é de aprovação, até porque os conselheiros são, na maioria, alinhados com a diretoria. E aí será o primeiro dia do resto da vida do Tricolor?

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É essa a expectativa da torcida, que está cansada de acompanhar as dificuldades do Paraná nos últimos anos. Pode-se falar de tudo, mas não se pode ter um A pra ser dito sobre a resiliência do torcedor paranista, que está louco para apoiar o time e o clube, mas precisa que quem está do outro lado faça mais por ele.

Talvez pela incapacidade de gerir o futebol – e certamente pelas dificuldades financeiras -, a diretoria do Tricolor vê a parceria com os russos como único caminho para a sobrevivência nos próximos anos. Mas é preciso ressaltar que essa não pode ser uma carta de entrega do Paraná Clube a quem quer que seja. Diretor não é dono de clube, ainda menos um parceiro investidor.

Contrapartidas

A proposta mudou desde a descoberta das negociações. Mudaram valores e até o tempo de contrato, mas pelo menos surgiram possíveis contrapartidas. Como o destino principal do dinheiro seria para a remodelação das categorias de base, naturalmente os investidores terão o retorno na revelação e posterior transação de atletas. Tá no preço, ninguém vai colocar dinheiro em clube sem querer nada em troca. Se for tudo certinho no contrato, é do jogo.

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O elenco também ganhará reforços, o que é inevitável – há carências claras na montagem do elenco, por conta da falta de dinheiro para investir. E é essa a maior expectativa do torcedor, que espera respostas imediatas, um time que seja campeão estadual e volte para a primeira divisão. Mas repito que não pode ser só isso. O Paraná Clube tem que ser sustentável, a ponto de não precisar de investidores russos ou de qualquer nacionalidade. A parceria não pode ser o fim, mas sim o começo de uma nova história.

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