Paraná x Oeste: goleada sobre o lanterna tira peso das costas do Tricolor

Paraná x Oeste
Bruno Gomes e Paulo Henrique, os dois melhores de Paraná x Oeste. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

Não podia passar desse Paraná x Oeste. E não passou. O Tricolor venceu o lanterna da Série B do Campeonato Brasileiro por 4×0 na noite desta segunda-feira (26), na Vila Capanema, encerrou o jejum de vitórias e se reaproximou do G4. Agora, a diferença está no saldo de gols – como você pode ver na classificação da Segundona. O Paraná Clube fez o que deveria ser feito diante de uma equipe tecnicamente bem mais fraca.

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Foi um jogo para recuperar a confiança. E o Paraná conseguiu abrir cedo o placar, marcar o segundo quando o adversário era melhor e resolver a parada logo depois. E com a reabilitação de alguns titulares, o que é uma notícia tão boa como a goleada sobre o Oeste.

Uma nova tentativa

Allan Aal resolveu colocar o Tricolor no ataque. A escalação de Renan Bressan e Thiago Alves (o melhor em campo no empate com o Cuiabá) mostrava que o treinador sabia das dificuldades ofensivas do time. Com Andrey e Bruno Gomes mais à frente, o Paraná teria uma formação agressiva, pensando mais no controle do jogo do que na composição tática. E era o mínimo, convenhamos, diante do lanterna da Segundona.

Thiago Alves botou velocidade no ataque paranista. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

Apesar de ter os quatro jogadores mais ofensivos, seria muito importante a participação dos laterais. Paulo Henrique e Jean Victor teriam que ocupar bastante os corredores, para que o jogo não ficasse muito pelo meio e pouco pelos lados. Até porque o Oeste, agora sob o comando de Roberto Cavalo, iria se fechar com cinco jogadores na linha defensiva.

Paraná x Oeste: o jogo

O Paraná Clube começou fazendo tudo certo. Jogando pelos lados, pressionando e abrindo o placar com Salazar – e nem foi de cabeça. Após o escanteio de Bressan, a falha de Éder Sciola permitiu que o zagueiro colombiano ficasse livre para chutar e marcar. Taticamente, o time se fechava, como sempre, em duas linhas, com o camisa 10 ficando mais à frente com Bruno Gomes.

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E no ataque havia mais movimentação. Paulo Henrique sobrava em cima de Orinho, havia espaço também pela esquerda. É possível colocar uma parte do domínio na fraqueza do Oeste, mas havia uma tentativa de ocupação diferente do campo ofensivo. Mas o ímpeto foi diminuindo com o passar do primeiro tempo de Paraná x Oeste, permitindo que o time paulista tivesse mais a posse de bola.

Eder Sciola x Renan Bressan, duelo de experientes. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

Estava claro que era só acelerar o jogo que o placar seria ampliado. O Tricolor teve outras três chances no primeiro tempo, poderia já ter voltado do intervalo com uma vantagem segura. Mas a etapa final mostrou um time mais cauteloso. O Oeste se projetava mais à frente e os donos da casa se retraíram, retomando o posicionamento tático habitual.

Paulo Henrique decide

Os visitantes começaram a gostar do jogo. Uma hora era Mazinho a ameaçar, noutra era Nílton quem chegava. Apesar da fragilidade, o time de Roberto Cavalo percebeu que o Paraná Clube tinha brechas. Andrey e Renan Bressan erravam muito, Bruno Gomes deixou de ser acionado. A partida ficava perigosa – por sinal, perigosa demais.

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Mas aí o melhor jogador em campo resolveu a parada. Paulo Henrique ganhou na velocidade e tocou com categoria. O lateral tricolor vem se afirmando como um dos mais eficientes do time, melhorando como defensor e sendo o jogador mais vertical no ataque. O gol foi assim, explorando sua virtude pela direita. E logo depois Bruno Gomes marcou o terceiro. E ainda o quarto, para definir o placar.

A goleada foi justa e necessária. E é bom que a vitória tenha sido bastante afirmativa. Tirado o peso das costas, o Paraná Clube agora tem que seguir evoluindo. Até porque sexta-feira (30) tem Cruzeiro pelo caminho.