Seis jogos que explicam a história do Paraná Clube

Caio Júnior, um nome totalmente ligado à história do Paraná Clube. Foto: Rodolfo Bührer/Arquivo

Fechando a série iniciada na quinta-feira (4), apresento aqui a minha lista com os seis jogos que ajudam a entender o Paraná Clube. São bons e maus momentos que, somados, fazem uma linha do tempo que explica a história de 30 anos do Tricolor. A ideia é assumidamente copiada do The New York Times e de O Globo.

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É óbvio que a trajetória paranista não tem apenas estes primeiros 30 anos – tem todo o histórico de Água Verde, Ferroviário, Colorado, Pinheiros e os outros clubes que originaram o Tricolor. Mas como já temos uma geração (ou duas) de torcedores que só viveram o Paraná Clube, a lista se restringe ao momento atual.

Pela ordem alfabética, os seis jogos do Athletico foram publicados na quinta e os do Coritiba na sexta-feira (5).

Paraná Clube 1×0 Cascavel – 10/02/1990

A primeira vitória veio na segunda partida da história do Paraná. Ela teve a essência do que seria marcante nos trinta anos seguintes – a participação decisiva da base. Sérgio Luís não era um garoto, mas era egresso das categorias inferiores do Pinheiros, de onde saiu uma fornada de grandes jogadores tricolores.

No momento do lance: Sérgio Luís vai marcar o primeiro gol da história tricolor. Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Vitória 0x1 Paraná – 11/07/1992

O título da Série B de 1992 é o mais festejado pelos tricolores. Não só por ser uma das grandes conquistas da história, mas também por ser o coroamento de um time que colocou o Paraná no cenário nacional. Relegados por seus clubes de origem, Régis e Saulo lideraram um time que fez bonito dentro do estado e fora de nossas divisas. E Otacílio Gonçalves definiu ali seu posto como maior técnico paranista.

Otacílio, um gênio. Foto: João Bruschz/Arquivo

Paraná 3×0 União Bandeirante – 06/06/1997

Se na Série B de 1992 veio o coroamento, o título paranaense de 1997 marca o fim de uma geração, e o fim do melhor momento do Paraná nestes trinta anos. O pentacampeonato já tinha a marca de outros garotos formados no clube, como Ricardinho e Ageu. Tinha a presença de Rubens Minelli – “Quando se fala em Paraná Clube, lembro do Minelli”, disse Paulo Vinícius Coelho, o PVC, no último podcast De Letra. E tinha Caio Júnior, herói daquela conquista e nome fundamental na história do clube.

Observado pelo presidente Ernani Buchmann, Caio levanta a taça. Foto: Arquivo

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Paraná Clube 1×2 Libertad – 03/05/2007

E se o Paraná Clube tivesse se classificado na Libertadores? Uma pergunta que fica na cabeça desde aquela noite na Vila Capanema em que o Tricolor não conseguiu superar o time de Guiñazú – a eliminação veio no Defensores del Chaco, mas a derrota em casa fez diferença. A campanha até as oitavas de final já era histórica, mas a chance de seguir na competição era real. Mas não deu. E o confronto com o Boca Juniors acabou não acontecendo.

Léo Matos, Daniel Marques e Beto no meio da muvuca. Foto: Valterci Santos/Arquivo

Paraná 2×2 Arapongas – 23/04/2011

Poucos momentos foram tão dramáticos para o Tricolor como o rebaixamento no Campeonato Paranaense de 2011. Ali as falcatruas que dirigentes fizeram no clube cobraram a conta e o Paraná atingiu o fundo do poço. Infelizmente não dá pra dizer que as administrações de lá para cá são perfeitas, mas aquela cena levou os paranistas a cobrar cada vez mais seus dirigentes.

Nenhuma palavra descreve a tristeza da torcida como essa imagem. Foto: Daniel Castellano/Arquivo

Paraná 1×0 Internacional – 03/10/2017

O Paraná Clube é viável. Se alguém tinha dúvida disso, aquela terça-feira na Arena da Baixada provou que é possível sim colocar o Tricolor nos eixos. A noite marcante de quebra de recorde de público no estádio do rival Athletico deixou claro que, caso bem gerido e com pessoas competentes, dá pra sair da crise e fazer do Paraná um time à altura de seu destino.

Os paranistas esperam um clube à altura de sua paixão. Foto: Albari Rosa/Arquivo

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