Manaus 1×0 Coritiba: não tem justificativa

Na hora da dificuldade, Rafinha acaba obrigado a fazer tudo. E ele não pode resolver sempre. Foto: Pablo Trindade/Foto Digital

Nenhuma justificativa é válida para a melancólica eliminação do Coritiba na Copa do Brasil. Diante de um empolgado Manaus, o Coxa não teve forças para fazer sequer um gol, perdendo por 1×0 o jogo terminado na madrugada desta quinta-feira (13). Uma derrota que atrapalha muito a vida alviverde, principalmente nas finanças. E que reforça a necessidade de contratações.

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O plano do Coritiba era o correto – não havia razão de ficar atrás, buscar o gol era o melhor caminho para a classificação apesar da vantagem do empate. Do outro lado, o time amazonense queria mostrar que não virou sensação por acaso. Adiantava a marcação e jogava em altíssima rotação, mesmo com o gramado em condições muito ruins. A lesão precoce de Ruy certamente foi por conta do campo.

O nível de competição do Manaus era impressionante. Tudo era disputado até o final, todos os lances eram reclamados com a arbitragem, todo mundo corria como louco, até a torcida entrou no frenesi. A intensidade chegou a irritar os jogadores do Coxa. Tentando reduzir o ritmo, os alviverdes não arriscavam muito. E pouco se criava, até que lá no final do primeiro tempo Rossini fez 1×0.

Era a hora de ver o poder de reação do Coritiba. E mesmo com os amazonenses tentando manter o ritmo, veio o pênalti na bobeada de Derlan. Só que Sassá foi displicente na cobrança. E o que poderia ser o refresco virou o estopim do nervosismo coxa. A ponto de o Manaus passar a ser mais perigoso.

O Coritiba foi imobilizado pela empolgação do Manaus. Foto: Pablo Trindade

Vieram a bola na trave no cruzamento de William Matheus e a entrada de Igor Jesus no lugar de Renê Júnior – o volante, que ditou o ritmo no sábado (8) contra o União, teve uma atuação apagada. Mas o mais inacreditável era o destempero coxa. Com uma base experiente (Muralha, Rhodolfo, William Matheus, Rafinha, Robson, Sassá), o time caía na pilha manauara e gastava tempo discutindo e no empurra-empurra.

Restava apenas uma esperança: Rafinha. Até o apito final, ele foi volante, meia, ponta e atacante. Evidenciava ao mesmo tempo a sua importância e a dependência do time. Mas o camisa 7 não faz milagre, não impede cera, não faz os companheiros acertarem passes ou cobrarem pênaltis. Ele foi ao próprio limite, mas o Coritiba mostrou um limite abaixo do necessário.

Está tudo errado? Não, até porque Eduardo Barroca fez o que se esperava – colocou atacantes, terminou o jogo sem um volante de contenção. Mas faltou força técnica e emocional para pelo menos empatar o jogo. Será preciso melhorar bastante. O prejuízo para o Coritiba é bem grande, e não só o financeiro.

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