Com Brasileirão começando dia 9 de agosto, Paranaense volta na metade de julho

Rogério Caboclo, presidente da CBF, Brasileirão
O presidente da CBF Rogério Caboclo liderou a reunião que definiu a data de início do Brasileirão. Foto: Leandro Lopes/CBF

O futebol começa a clarear seu caminho, graças ao Brasileirão. Em reunião online nesta quinta-feira (25), a CBF e a Comissão Nacional de Clubes (CNC) mirou em 9 de agosto como data do início da Série A, com a Série B começando um dia antes. A previsão – que não foi cravada porque necessita de um aval das autoridades – praticamente define o calendário da volta dos estaduais, incluindo o Campeonato Paranaense.

A CBF teve que se reprogramar sobre o Brasileirão. Para evitar críticas e ter uma aceitação maior das secretarias estaduais de Saúde e permitir a adoção do protocolo médico, o plano era começar a Série A na segunda metade de agosto. Mas a necessidade financeira de vários clubes – que só receberão direitos de transmissão com a volta dos jogos – levou a uma acelerada no calendário.

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Pra que o Brasileirão inicie no dia 9 de agosto, um domingo, na teoria seria preciso contar com uma redução na velocidade da pandemia do novo coronavírus no País. Entretanto, o fato da CBF ter conseguido o aval de 19 clubes para “jogar fora das suas cidades“, como diz a nota da entidade, encaminha a escolha de algumas cidades – onde a situação esteja mais controlada – para as primeiras rodadas da competição. O Athletico foi contra, e reclamou da posição da CBF.

Brasileirão em alta velocidade

Quando o futebol voltar, todos temos que estar preparados. Vamos sair da abstinência total para uma overdose de partidas. Pra que seja usado o menor número de datas possível em 2021 – vamos passar do ano novo -, vamos ter jogos no limite das 66 horas determinadas pela lei. Vamos ter mais partidas nos mesmos dias e horários, até pra que sobrem janelas pra Copa do Brasil, Libertadores, Sul-Americana e ainda as Eliminatórias da Copa do Mundo.

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A projeção da data de 9 de agosto tenta atender gregos e troianos, apesar de poder fazer alguns estaduais serem simultâneos com o Brasileirão – como escrevi há um mês. Ajuda os clubes, permitindo o recebimento de direitos ainda em agosto; agrada ao governo federal, que tem a volta do futebol como política de marketing; atende aos detentores de direitos, que evitaram pressão mas desejam conteúdo inédito no ar; e não desagrada tanto as autoridades de saúde, que vão empurrando com a barriga o assunto por conta de problemas mais urgentes.

E o Paranaense?

Como vivemos o momento mais grave da pandemia no estado, o Campeonato Paranaense não será ‘antecipado‘ com a marcação prévia do Brasileirão. Com seis datas necessárias, e para terminar a competição em um domingo (no caso, 2 de agosto), a volta ‘normal’ das partidas seria em 15 de julho, uma quarta-feira. Mas é possível começar até mais tarde, no dia 18, final da mesma semana, aí apertando o calendário naquele limite de 66 horas.

Olhando para o hoje, ainda parece uma loucura pensar em jogos de futebol. Nenhum país retomou as partidas no estágio que o Brasil vive – sempre em patamares mais baixos da curva de contágio. Ainda estamos em viés de subida, infelizmente. Teríamos que ter consciência. Mas aqui tudo é diferente.


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