Athletico x Palmeiras: um jogo decepcionante para o Furacão

Athletico x Palmeiras
Abner e Gabriel Menino disputam a jogada. Marcação não faltou em Athletico x Palmeiras. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

Escrevi na prévia da rodada que Athletico x Palmeiras era, no papel, um dos destaques da rodada do Campeonato Brasileiro. Mas essa expectativa desapareceu na noite desta quarta-feira (19), na Arena da Baixada. A partida foi decepcionante – e ainda terminou com vitória dos visitantes por 1×0. Os dois times, que estão entre os candidatos às primeiras posições da competição, não jogaram nada. Mas Raphael Veiga, honrando a lei do ex, fez o gol que garantiu a vitória palmeirense.

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O Furacão teve uma grande chance, com Pedrinho, e um pênalti não marcado. Mas jogou bem abaixo do que já produziu nesta volta do futebol. Olhando o todo da partida, nenhum placar explicaria melhor o jogo que o 0x0, mas o time paulista aproveitou a única chance que teve.

Athletico x Palmeiras: os times

Não sei se por acreditarem na infalibilidade da lei do ex, Athletico e Palmeiras escalaram Carlos Eduardo e Rony. No Furacão, Dorival Júnior (e seu filho Lucas Silvestre, que estava no banco) decidiu por colocar o atacante como referência, na vaga de Vinícius Mingotti. Era mais uma oportunidade para Carlos Eduardo responder ao investimento feito nele. Nikão e Vitinho esperavam por uma companhia mais efetiva no ataque.

Mas a mudança mais significativa não era essa e nem a entrada de Khellven na lateral-direita. Era a entrada de Richard na vaga de Marquinhos Gabriel. O meio-campo poderia ficar mais compacto, com a novidade tendo capacidade de puxada de velocidade, além de Léo Cittadini ter mais liberdade de movimentação. No Verdão, Rony jogaria mais perto de Luiz Adriano, esperando que Lucas Lima fosse o articulador de Vanderlei Luxemburgo tanto esperava.

(Falta de) Movimentação

Diferente de outros jogos no Brasileirão, esse Athletico x Palmeiras era o encontro de dois times que gostam de ter a bola no pé. A velocidade de jogo é diferente – o Furacão é mais incisivo, principalmente por jogar mais pelas extremas. O time paulista tentou marcar pesadamente a saída de jogo rubro-negra, depois dos erros na derrota para o Santos. E essa movimentação palmeirense quebrava o ritmo dos donos da casa.

Athletico x Palmeiras
Luiz Adriano e Thiago Heleno na disputa pelo alto. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

Com Patrick de Paula e Bruno Henrique postados à frente da linha defensiva, o Palmeiras mostrava que tinha estudado o Furacão. Ficava mais difícil para as chegadas de Léo Cittadini, e da intermediária ofensiva em diante havia pouco espaço para jogar. Do lado defensivo atleticano, havia preocupação em não deixar campo para Rony imprimir velocidade. E com marcação de lá e de cá, o jogo era morno.

A saída de Nikão, por dores musculares, fez que Geuvânio entrasse em campo com muito mais tempo do que tinha tido oportunidade. Mas o Athletico sentiu a saída de seu principal jogador, e o Palmeiras começou a jogar justamente no espaço que o camisa 11 ocupa. Só que Lucas Lima não rendia, e o jogo se arrastou até o intervalo.

Segundo tempo

Lembrei das conversas que tive com os colegas do SporTV durante o dia. Eles lembravam que os jogos do atual campeão paulista tinham sido os mais chatos do Brasileirão até então. E o cenário se repetia na Baixada. E a sensação é que não tinha como o jogo não melhorar, porque a etapa inicial tinha sido muito ruim. E o Athletico pelo menos tinha razões pra reclamar – o lance de Patrick de Paula em Cittadini foi pênalti, e não foi marcado.

Athletico x Palmeiras
Khellven levou vantagem sobre Rony. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

Havia mais tentativa dos dois times, mas chance, que era bom, nada. Era muita marcação, muita disputa, muita competição e pouco futebol. Lucas Silvestre então colocou Pedrinho e Marquinhos Gabriel nos lugares de Vitinho e Richard. Mas novamente Pedrinho não ficou centralizado. Não que ele seja centroavante de ofício, mas ele tem muito mais faro de gol do que Carlos Eduardo. Nesse momento Willian também estava em campo – Luiz Adriano não pegou na bola.

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Mas nada que técnicos e jogadores faziam surtia efeito. O jogo seguia abaixo do que os dois times poderiam produzir. Com Fernando Canesin e Vinícius Mingotti, o Furacão tentou suas últimas cartadas. Apenas Pedrinho, na única vez que ficou perto do gol, levou perigo ao acertar a trave. E já nos acréscimos, em falha generalizada da defesa rubro-negra, Raphael Veiga definiu o jogo. Um resultado e uma atuação frustrantes do Athletico.


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