Criciúma, líder da Série B, é freguês do Paraná Clube

No encalço do G4, o Paraná Clube se mobiliza, agora, para o duelo contra o líder da Série B. No sábado, às 16h20, no Heriberto Hülse, o time de Ricardinho encara o Criciúma, que disparou na ponta da tabela e soma 26 pontos, com aproveitamento de 78,8%. O Tricolor coloca em jogo um tabu de dez anos. A última derrota em Criciúma aconteceu em 2002 (2 x 0, em jogo válido pela Sul-Minas) – porém, o Tigre catarinense venceu todos os seis jogos que disputou em casa neste Campeonato Brasileiro.

O Paraná, mais uma vez, não terá o futebol de Lúcio Flávio. O meio-campo segue tratando uma distensão muscular e só deve ser liberado para trabalhos fisioterápicos (a chamada “”transição”) na próxima segunda-feira. Ricardinho mantém a postura de não lamentar ausências. “Prefiro destacar as presenças. Afinal, quem pode resolver o jogo é aquele que vai estar em campo”, resumiu o treinador, satisfeito com o número de opções que vem ganhando recentemente.

Com Zé Luís e Ricardo Conceição de volta aos treinos diários, recuperados de lesões musculares, Ricardinho já começa a “coçar a cabeça” para definir o time. “Isso é bom. No último jogo (frente ao América-RN) tive que deixar o Conceição no banco. Afinal, não poderia tirar o Cambará do time, por tudo que ele fez nos jogos passados”, destacou o técnico. “Quem diria que no início do ano a gente não tinha sequer um grupo para realizar um trabalho coletivo?”, lembrou Ricardinho.

Com um grupo sem estrelas, o Paraná faz da disciplina tática a sua força nesta Série B. Além disso, Ricardinho destaca o fato de que todos os eventuais substitutos têm correspondido quando escalados. O caso mais recente foi o de Wendell Borges. O lateral-esquerdo substituiu Fernandinho e não deixou o ritmo da equipe cair. Mesmo num gramado encharcado, fez uma grande jogada pela esquerda, que resultou no gol de Arthur, num giro perfeito. “A gente se conhece desde a base do Londrina. Isso ajudou”, reconheceu Borges.

No sábado, o Paraná terá a dura missão de parar Zé Carlos, o artilheiro disparado da Série B, com 14 gols. Se na terça-feira passada, o Tricolor despachou o “asa negra” América-RN e agora posa de algoz do time catarinense. O Paraná venceu quatro dos cinco últimos confrontos contra o Criciúma. Além disso, venceu por três vezes seguidas, jogando no Heriberto Hülse. Um novo triunfo, neste sábado, pode não valer o ingresso na zona do acesso, mas pode encurtar significativamente a distância para a liderança, que hoje está em 8 pontos.