Coxa em São Caetano, disputando a liderança

Acompanhe esta partida on-line

A hora da verdade está próxima. A boa campanha do Coritiba será mais uma vez colocada à prova, desta vez contra o time que tem o segundo melhor aproveitamento do campeonato brasileiro – o melhor é justamente o Coxa.

O desafio de enfrentar o São Caetano é maior ainda porque a partida é fora de casa, às 20h30, no Estádio Anacleto Campanella. O clichê é inevitável – é a partida mais difícil da equipe na competição. O jogo ganha atenções maiores, porque vale a liderança brasileiro.

Trazendo um ponto, o Cori assume a ponta da competição – mesmo que o Corinthians tenha a chance de retomar a frente se vencer o Santos, amanhã. Mas a vantagem de Cori e São Caetano é ter ainda um jogo a menos que os adversários.

Há um outro componente que aumenta a carga de dificuldade da partida desta noite – o São Caetano é um dos poucos times que mantém a invencibilidade jogando em casa. “Isso é um desafio extraordinário para qualquer equipe, e para o Coritiba não é diferente. Nosso espírito é de encarar esse desafio e conseguir uma vitória na casa deles”, avalia o técnico Paulo Bonamigo.

A confiança transmitida pelo treinador coxa tem razões – há cinco jogos sem perder no brasileiro, o Coritiba conseguiu (após a vitória sobre o Botafogo) ter uma campanha regular fora de casa. Em seis jogos, foram duas vitórias, dois empates e duas derrotas. E, se a equipe parecia temerosa nos primeiros jogos longe do Couto Pereira, agora os atletas demonstram maturidade para encarar adversários fortes.

E, ao mesmo tempo, todos no Alto da Glória sabem que os resultados são importantes, e que, às vezes, o empate também serve. “Claro que queremos ganhar, até porque temos um time que joga ofensivamente. Só que nós também sabemos marcar”, explica Picolli. Só que a intenção alviverde é buscar os três pontos. “É preciso cuidado para falar em empate, porque não podemos ficar pensando em jogar para empatar. Não podemos mudar nossa forma de jogo”, afirma o volante Roberto Brum.

E é assim – confiante e seguro – que o Coritiba tentará retomar a liderança do campeonato brasileiro. E mais: assumir uma liderança real, tanto na pontuação quanto no aproveitamento. “Será uma partida de imposição, e nisso a força que nossa equipe tem será fundamental”, finaliza Paulo Bonamigo.

Uma dúvida na marcação

Até mesmo o técnico Paulo Bonamigo não esperava esse desfecho. Ele pretendia escalar o Coritiba com Tcheco e sem Roberto Brum, e aconteceu justamente o contrário. Por isso, ele ainda não definiu o substituto do meio-campista para a partida desta noite contra o São Caetano – e a definição sairá de uma dúvida ‘filosófica’ que ele tem. Dependendo da característica que ele pretende empregar em campo, Pepo e Willians têm suas chances.

A manhã de ontem apenas confirmou o que a segunda transparecera. Tcheco nem apareceu no campo. Com dores na coxa, ele permaneceu no departamento médico. Enquanto isso, Roberto Brum treinava normalmente, o que confirmou sua presença em campo. “Eu estava preocupado, mas a recuperação foi muito boa. Ainda bem, porque não queria ficar fora deste jogo, que vai ser o mais difícil do Coritiba no Brasileiro”, afirma o “Senador”.

Sendo Tcheco o ausente, Bonamigo fica em dúvida. Ele ainda espera para saber como montará o meio-campo coxa, principalmente porque o treinador se preocupa com a armação do São Caetano. “A força deles está no meio-campo, com jogadores que marcam forte e saem para o jogo. Se não acompanharmos esse trabalho, poderemos ter problemas”, afirma o técnico alviverde.

E, muito por isso, Bonamigo estuda escalar Willians, naturalmente reforçando a marcação. “Se for necessário melhorar esse setor, joga o Willians”, explica o técnico. Se o caso for manter a formatação básica do Cori, o escolhido será Pepo. “Seria uma decisão de entrosamento maior, e de um meio-campo mais criativo”, confessa Bonamigo.

Mas, com quem estiver em campo, o treinador coxa pretende ver um time jogando em extrema velocidade – fórmula semelhante à do São Caetano. “A nomenclatura é diferente, mas a filosofia de jogo é próxima”, concorda Bonamigo. “É ter o veneno e o contra-veneno ao mesmo tempo”, teoriza o zagueiro Pícoli.

E outra preocupação é com possíveis ‘arapucas’ de Mário Sérgio, treinador do São Caetano. “Eles sempre deixam alguma coisa armada para o adversário”, aponta Bonamigo. Mas o Cori promete também as suas armadilhas. “Estamos preparando alguma coisa. E a vantagem que temos é que conseguimos nos adaptar ao estilo dos adversários”, promete Pícoli. (CT)

Time mudado

São Caetano do Sul

– O São Caetano tenta bater uma marca histórica no jogo contra o Coritiba, hoje, no Estádio Anacleto Campanella. O objetivo é chegar à sétima vitória consecutiva dentro de casa, mantendo o aproveitamento de 100% nos jogos disputados no ABC paulista neste campeonato brasileiro.

Mesmo reconhecendo a vantagem de atuar em casa, o técnico Mário Sérgio está preocupado por enfrentar o Coritiba, vice-líder do campeonato. Dois desfalques são certos: o zagueiro Daniel e o volante Claudecir, que receberam o terceiro cartão amarelo. Na defesa, entra Serginho. No meio-de-campo o mais provável é que Iriney, que cumpriu suspensão, fique com a vaga. No ataque, sem Somália, negociado com o Al Hilal da Arábia Saudita, Wagner deve ser o companheiro de Adhemar.

Voltar ao topo