O Coritiba confirmou a volta à Série A do Campeonato Brasileiro neste sábado (30), com a vitória sobre o Vitória, no Baradão. Certamente este será o jogo que ficará marcado na memória do torcedor ao recordar a campanha do acesso. Porém, uma outra partida foi fundamental para que os coxas-brancas fizessem desse 30 de novembro um dia de festa e euforia.

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No dia 28 de setembro, o Coxa recebeu o América-MG em meio a uma sequência complicada. O time vinha de sete jogos sem vencer, com três empates e quatro derrotas, o que culminou na demissão do técnico Umberto Louzer. Para seu lugar, foi contratado Jorginho, que chegou bastante contestado pelos torcedores, estreou justamente contra o Coelho, diante de uma forte pressão.

A equipe mineira ainda estava longe do G4, mas vinha em forte reação, sem perder há doze rodadas, com oito vitórias e quatro empates. Na época, estava na oitava posição, por conta do mau início, mas, os clubes já eram concorrentes direto àquela altura. Até por isso, se perdesse em casa, veria a chance de acesso praticamente sumir.

No final, o Alviverde venceu por 2×1, com gols de Robson e Sabino e saltou do nono para o quinto lugar. Desde então, o Coritiba só perdeu uma única vez e entrou no G4 para não sair mais, consolidando o seu acesso diante da torcida.

Apoio incondicional

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Além do triunfo sobre o América-MG, o fator Couto Pereira foi fundamental para o Coxa. Desde o começo da competição o clube atraiu seu torcedor de volta para casa. Logo na primeira rodada, na vitória por 2×0 sobre a Ponte Preta, 31.167 pessoas foram ao estádio, não só pra ver a vitória do time, mas também para homenagear o grande ídolo do clube, Dirceu Krüger, que havia falecido naquela semana.

Torcida abraçou o Coritiba em quase todos os jogos no Couto Pereira. Foto: Albari Rosa

O que era pra ser um momento triste, ao mesmo tempo se transformou em uma união entre time e torcida. Nos 19 jogos como mandante, o menor público do Alviverde foi de 7.220 pessoas, na derrota por 2×0 para o CRB, no pior momento da equipe na segunda divisão. Além dessa partida, somente na vitória por 1×0 sobre o Guarani é que menos de dez mil pessoas foram ao estádio. Na maioria das vezes, pelo menos 20 mil estavam lá empurrando rumo ao acesso.

Jogos decisivos

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Outras partidas também foram fundamentais para que o Coritiba alcançasse o seu objetivo. Vitórias importantes, principalmente para a moral do elenco, como os dois 2×1 em cima do São Bento. No primeiro turno, marcou a arrancada do time rumo ao G4. A partir dali, foram dez rodadas sem perder, chegando à vice-liderança e até encostando no Bragantino. Sem contar a superação em campo. O Alviverde saiu perdendo por 1×0 e virou nos minutos finais, com Rafinha, que estava em campo no sacrifício.

No primeiro turno, Coxa bateu o São Bento na base da raça e da emoção. No returno, se segurou como podia pra garantir o triunfo. Foto: Albari Rosa

No segundo turno, em Sorocaba, um novo triunfo pelo mesmo placar, mas em situação oposta. A equipe abriu rapidamente 2×0, mas depois foi sufocada, garantindo a vitória fora de casa, que não vinha há dois meses, e que foi em meio à invencibilidade na reta final, que pesou na briga para subir.